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Politica Brasil
Sexta - 17 de Agosto de 2007 às 11:36
Por: Fernando Leal

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Projeto de Wagner Ramos prevê a transformação de margens disponíveis das estradas estaduais em pequenas fazendas florestais. Produto final será oferecido à Amazônia com menor custo-frete

Um programa de concessão das áreas marginais das estradas estaduais – para reflorestamento – está projetando para curto e médio prazos a oportunidade de Mato Grosso aumentar sua oferta de madeira industrial, de fixar permanentemente sua mão-de-obra no campo com distribuição de renda e gerar atividades econômicas florestais que viabilizem a mentalidade da silvicultura como atividade principal do Estado.

O objeto principal dessa medida – de acordo com o autor da proposta, deputado Wagner Ramos (PR) – são as margens das rodovias estaduais, que estejam sem perspectivas de utilização imediata. Um projeto do parlamentar explica que, a partir da observação de critérios técnicos, essas áreas específicas podem ser cedidas – em comodato não oneroso e de prazo determinado – aos trabalhadores que possuam comprovadas vocações florestal e agrícola, conforme sua capacidade social, em consórcio gerido pelas unidades sociais e empresariais rurais organizadas.

“A idéia é que, nessas margens, sejam implantadas florestas de essências exóticas e de rápido crescimento para fins de futura produção de carvão vegetal – consorciadas com agricultura e dentro da capacidade possível – sem que isto resulte em periculosidade ao tráfego de veículos e reservando os acostamentos para sua finalidade básica”, explicou Ramos.

A implantação do programa também vai permitir:

a) a formação de estoques para viabilização de grandes unidades de celulose e papel, ampliando a base da indústria mato-grossense; b) contribuir com o sucesso do Plano de Negócios Florestais a ser implantado em todas as propriedades rurais privadas do Estado; c) a produção de alimentos consorciados com a silvicultura; d) desenvolver o ambiente adequado para introduzir a xiloquímica como atividade econômica em Mato Grosso; e, finalmente, e) o aproveitamento dos profissionais de engenharia florestal e outros que sejam aplicados nessa atividade, formados no âmbito do Estado.

Esse programa será vinculado à Sinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura) e terá como política prioritária a transformação das margens disponíveis das estradas estaduais em pequenas fazendas florestais.

“Os objetivos dessa nossa proposta são múltiplos. Entre eles, estão a obtenção de produtos florestais para industrialização da economia do setor e o propósito sócio-econômico de oferecer matéria prima para as indústrias e ocupação da mão-de-obra ociosa e carente de oportunidade”, enumerou o parlamentar, citando ainda a introdução nessas áreas do plantio de pequenas lavouras de curta duração, ajudando no combate à fome.

Paralelamente, as prefeituras poderão aderir ao programa oferecendo: I - serviços de planejamento florestal para a obtenção de financiamento junto aos programas existentes; II - assistência técnica e acompanhamento dos plantios florestais e agrícolas; III - formando viveiros de mudas para ceder aos trabalhadores; IV - fazendo acompanhamento social das famílias e bolsa de empregos florestais; e V – criando – em conjunto com o administrador do programa e os demais órgãos de Governo – um plano de praças e comercialização dessas matérias primas florestais, de forma a melhor operacionalizá-la com a criação de bolsas de carvão, de lenha e de madeiras nobres de pequenas dimensões, oriundas das copas e raízes.

Wagner Ramos observou que Mato Grosso dispõe de uma grande área de terras às margens das rodovias, que lhe custa anualmente pesadas somas em sua manutenção. “Nosso projeto prevê a utilização dessas áreas marginais na formação de uma base florestal com espécie exótica – o eucalipto – para criação, em curto prazo, de uma ou mais unidades de processamento de celulose em Mato Grosso e em conseqüência, uma Planta Industrial de papel, visando a oferta desse produto à Amazônia, com menor custo de frete.

O deputado esclareceu, ainda, que – como propriedade do Estado – essas áreas marginais seriam cedidas em comodato a trabalhadores sem ocupação. Esses trabalhadores cultivarão florestas, consorciadas com plantios de outros produtos de curto ciclo – em seu benefício – assim como a matéria prima florestal. A meta é que o esse mecanismo gere atividade econômica, assentamento de famílias por longo prazo e atividades de plantio de florestas nas propriedades privadas vizinhas.





Fonte: Assessoria/AL

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