Em carta, Renan afirma que Lyra é um 'fora-da-lei'
Calheiros - que já havia dito que Lyra é acusado de "vários homicídios, inclusive crimes de mando" - qualificou de "triste retrato da mentira e da hipocrisia" a carta divulgada pelo usineiro. "É a mais expressiva demonstração do ressentimento de quem me atribui a responsabilidade pela acachapante derrota nas eleições para o governo de Alagoas, caracterizando, de uma vez por todas, a existência de uma questão local levada para o lado pessoal."
Sobre o trecho da carta em que Lyra o desafia a explicar ao País por que o recebia em seu gabinete, inclusive no da Presidência da República quando assumiu interinamente o cargo, já que o considera "um malfeitor", Calheiros afirma: "Atendi a seus insistentes apelos para tirar uma fotografia comigo, quando implorava pelo meu apoio para sua candidatura a governador." Calheiros afirma, em sua carta, que só esteve com Lyra no mesmo palanque nas eleições de 1986, "quando ainda não havia indícios, senão certeza, de que João Lyra era de fato um fora-da-lei".
Segundo o senador, Lyra passou a atacá-lo "diariamente" depois de ter sido derrotado repetidamente nas eleições majoritárias, e a prova disso está nas "60 últimas edições do jornal de sua propriedade, agora nas mãos de um 'laranja'." O presidente do Senado diz na carta que não é ele, "e sim a Justiça Pública" que acusa Lyra de crimes.
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