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Politica Brasil
Quinta - 16 de Agosto de 2007 às 13:55
Por: Celso Bejarano Jr.

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Sobe para três o número de ex-parlamentares mato-grossenses processados por suposto envolvimento com a máfia dos sanguessuas, a quadrilha desmantelada ano passado por negociar ambulâncias a preços superfaturados e com a ajuda das emendas de políticos.

O juiz Jeferson Schnneider, da 2ª Vara Federal de Mato Grosso, aceitou a denúncia proposta pelo MPF (Ministério Público Federal) contra o ex-deputado federal Ricarte de Freitas, do PTB, não reeleito.

Ele teria sido favorecido pela máfia ao receber dinheiro e ainda um automóvel. No início desse ano, seu nome chegou a ser cogitado para conduzir um escritório do governo de Mato Grosso, em Brasília. As denúncias que recaem sobre ele, contudo, rechaçou a indicação.

Além de Ricarte, os ex-deputados federais Lino Rossi, sem partido, solto nesta quarta-feira após prestar depoimento e a ex-deputada federal Celcita Pinheiro, do DEM, também são investigados pela Justiça Federal.

Rossi foi preso no início da semana porque não quis assinar intimação para depor. Embora negue, segundo apuração do MPF, ele o recordista em pegar propina da quadrilha, algo em torno de R$ 3 milhões. Ele nem tentou à reeleição.

Em depoimento nesta quarta-feira-feira, Rossi disse ter acumulado uma dívida de algo em torno de R$ 800 mil à família Vedoin, dona da Planam, a empresa que tramava as vendas dos veículos, fraudava as licitações e ainda atraia os parlamentares interessados em trocar emendas por dinheiro. E ele seria o que mais recebeu com a fraude.

Com as emendas, empresa que funcionava em Cuiabá, a Planam atraia recursos para montar as ambulâncias e negociá-las com prefeituras do país inteiro.

A ex-deputada Celcita Pinheiro, hoje secretária municipal de Assistência Social, negou que tenha recebido propina da empresa fraudulenta. Confessou no entanto que o irmão dela era “prestador de serviço” à família dos Vedoin. Ele também não fora reeleita.

De acordo com as investigações, a máfia, liderada pela família Vedoin, dona da Planam, pagava propina a parlamentares para que eles apresentassem emendas ao Orçamento da União destinando dinheiro público para a compra, por prefeituras, de ambulâncias superfaturadas.

O esquema foi desmontado por uma operação da PF em maio de 2006. Esse negócio envolvido políticos e Planam movimentou algo em torno de R$ 110 milhões, segundo os investigadores.





Fonte: Midia News

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