Senado pode abrir nesta quinta mais um processo contra Renan
Lyra, aliás, depõe na tarde desta quinta sobre o assunto ao corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP). O depoimento está marcado para as 16h, em Alagoas. Segundo o usineiro, Renan foi seu sócio em rádios e jornais de Alagoas, mas usou "laranjas" nas transações. O presidente do Senado nega.
Em cima dessas acusações, a oposição entregou à Mesa Diretora da Casa um pedido de investigação por parte do Conselho de Ética. A reunião da Mesa será presidida pelo segundo vice-presidente do Senado, Álvaro Dias (PSDB-PR).
O senador já manifestou que, na sua opinião, dificilmente os membros da Mesa vão recusar o pedido da oposição. Renan, que preside a Mesa, ficará de fora dessa reunião. Dias irá presidi-la porque o primeiro vice-presidente, Tião Viana (PT-AC), não está em Brasília.
Outros processos
Renan já responde a outros dois processos no Conselho de Ética. O primeiro está em fase final e o investiga sobre as acusações de que recebeu ajuda de um lobista para pagar despesas pessoais.
A conclusão desse processo depende de uma perícia da Polícia Federal em documentos entregues por Renan para comprovar rendimentos agropecuários para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha de 3 anos. A PF deveria entregar essa perícia nesta quinta, mas adiou para a próxima segunda (20).
O segundo processo apura as relações de Renan com a cervejaria Schincariol. Em reportagem publicada no mês passado, a revista "Veja" noticiou que Renan teria atuado em favor da cervejaria no INSS para impedir a cobrança de uma dívida de R$ 100 milhões.
Em nota publicada nos jornais em julho, a Schincariol disse repudiar "as ilações que relacionam suas decisões de negócio a questões políticas". O relator desse processo foi definido na quarta (15) e será o senador João Pedro (PT-AM).
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