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Politica Brasil
Quinta - 16 de Agosto de 2007 às 08:05
Por: Simone Alves

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Integrantes da CPI que apura denúncias de irregularidades e de morosidade na análise dos processos na área ambiental começam a se irritar com questionamentos que acabam sem respostas. O presidente da Comissão, deputado José Riva (PP) chegou a dizer que a Sema não tem mais condições de gerenciar questões relativas ao meio ambiente e ao setor produtivo do Estado. Segundo ele, falta colaboração para se obter dados concretos. "Nós temos muitas possibilidades, falta respostas objetivas".

Riva lembrou da afirmação do secretário de Meio Ambiente, Luís Henrique Daldegan que, em depoimento à CPI, afirmou que o desmatamento ilegal no Estado atinge a 98%, ou seja, apenas 21 mil hectares são feitos com todos os trâmites legais. Para o deputado, é um absurdo que a Sema não tenha esses dados. "Daldegan se referiu ao ano de 2005, mesmo assim acho que está incorreto", disse Riva.

Os depoimentos da CPI da Sema estão deixando um grande vazio, pois muitos dizem não saber de muita coisa ou que ainda vão verificar dados. O segundo depoente desta quarta, atual superintendente de Gestão, Afrânio Migliari, não soube responder quais são os números do desmatamento. Apenas disse que está sendo preparado um relatório nesse sentido. Não há denúncias contra Migliari que acaba de assumir a superintendência. E assim caminha a CPI. Riva disse até que os depoentes têm se mostrao visivelmente constrangidos com tanta gente olhando para eles.

Cobrança

José Riva afirma que muitas perguntas feitas aos depoentes estão ficando sem respostas. Assim que concluiu a sessão que ouviu o superintendente César Augusto de Arruda, nesta quarta, Riva fez questão de enfatizar que governo não está dando o devido valor à investigação. Ele também se referiu à população de modo geral e, principalmente, à dificuldade de se ter em mãos relatórios. Segundo ele, a comissão precisa de dados, como, por exemplo, qual a média exata de liberação de processos hoje.

"A Sema não está sendo ágil para nos fornecer dados. Até mesmo para termos em mãos partes de alguns processos precisamos da ajuda da OAB", disse o deputado. Na sua avaliação, a demora na liberação das licenças ambientais prejudica a economia do Estado. Contribuir para a celeridade dos processo é um dos objetivos da Comissão. Também disse que é cedo para falar em avaliação dos trabalhos. "Muitos depoimentos ainda estão por vir".





Fonte: RD News

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