Turma da botina começa exclusão de Fagundes
Até a forte influência que Fagundes exerce hoje no Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte (Dnit) está em jogo. Devido à amizade com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, de quem é velho aliado desde o PL, Fagundes consegue ditar as regras no Dnit. Tem contato permanente com o ministro e também com o atual diretor-geral Mauro Barbosa da Silva. Como apenas a votação de uma resolução no Senado separa Pagot do Dnit, o prestígio de Fagundes junto à autarquia que detém R$ 12 bilhões de orçamento está com os dias contados. Mesmo tendo no Dnit um representante de Mato Grosso, no caso Luiz Pagot, Fagundes não terá o mesmo espaço de hoje. Tende a ser desprestigiado. Um dos motivos, segundo comentários no Palácio Paiaguás, seria o fato dele trabalhar, nos bastidores, contra a indicação do ex-secretário Pagot para o comando do Dnit.
A perda de espaço de Fagundes junto ao grupo de Maggi não se verifica apenas em relação ao Dnit. O deputado não conseguiu, por exemplo, "emplacar" o aliado Érico Piana na presidência da comissão provisória do PR em Primavera do Leste. O governador optou pelo atual prefeito Getúlio Viana. Com isso, Piana, sob orientação de Fagundes, vai para outro partido e, assim, enfrentará Viana nas urnas de 2008.
Em Nortelândia, Fagundes "brigou" para que o ex-prefeito Rodomildo Rodrigues conduzisse o PR. De novo, saiu derrotado pela turma da botina, que escolheu Neurilan Fraga (ex-DEM). Rodomildo se desfiliou e já está no PP. Em Rondonópolis, onde reside, só restará a Fagundes apoiar a reeleição do prefeito Adilton Sachetti. Para 2010, o desejo de Fagundes de ser senador esbarra nas mesmas perspectivas de Maggi. Assim, o sonho de ambos de continuarem no mesmo partido e palanque é alimentado por uma razão: serão duas vagas abertas para a senatória.
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