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Politica Brasil
Quarta - 15 de Agosto de 2007 às 08:01

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Aliado da senadora Serys Marly, Jairo Rocha resolveu entrar na disputa pela presidência do diretório estadual do PT e já com duas propostas polêmicas. Ele defende ruptura com o governo Blairo Maggi e propõe também que a sigla petista não faça aliança com PSDB, DEM e PP para as eleições de 2008. A eleição no PT deve ocorrer no final deste ano. Militante da Articulação de Esquerda, Jairo preside hoje o diretório de Cuiabá e, no Estadual, pretende suceder a dirigente Serys, da qual é assessor parlamentar. O clima de racha se aflorou a partir das divergências internas nas etapas municipais para escolha dos delegados com vistas ao 3º Congresso Nacional do partido, que acontece entre os dias 31 de agosto e 02 de setembro, em São Paulo.

A campanha de oposição à administração Maggi contraria a corrente liderada pelos militantes da Unidade na Luta (ex-Campo Majoritário), como os deputados estaduais Ságuas Moraes, Alexandre Cesar e Ademir Brunetto, além do federal Carlos Abicalil e a ex-deputada Vera Araújo. Aliados de "carteirinha" do Palácio Paiaguás, todos vêm contablizando dividendos políticos. Ságuas se licenciou da Assembléia para virar secretário de Educação de Maggi. Verinha compõe a estrutura da Seduc como secretária-adjunta de Gestão de Pessoas. Contemplado com a cadeira de Ságuas na AL, Alexandre é tão defensor do governo Maggi que, em algumas situações, supera o líder do Executivo, deputado Mauro Savi (PR). Abicalil se transformou em elo do governador com o presidente Lula. Brunetto, que também entrou na disputa pelo comando do PT no Estado, é extremamente governista.

Jairo Rocha é tido como um petista rebelde. Nos debates internos, ele pretende, por exemplo, deixar acuado o grupo de Alexandre Cesar, que presidiu o partido e deixou de herança uma dívida milionária. Trará à tona assuntos que muitos petistas chegam a se arrepiar, como as denúncias de uso de caixa 2 na campanha de Alexandre a prefeito de Cuiabá, em 2004. Polêmico, Jairo se opôs à idéia do PT oficializar aliança com o governo Maggi, no final do ano passado. Foi voto vencido.

Sintonia

Agora, o presidente da executiva da Capital foi incentivado por Valter Pomar da tendência Articulação de Esquerda a entrar na briga pela direção regional. Assim, construirá palanque em Mato Grosso para o companheiro Pomar, disposto a concorrer à presidência nacional do PT. Na última eleição interna, Pomar, que integra a Executiva Nacional, não foi para o segundo turno por uma diferença de 200 votos.

Nas articulações de bastidores, Jairo busca apoio do superintendente do Incra no Estado, Leonel Wohlfahrt, da Democracia Socialista e que tem forte influência junto à militância petista da Grande Cáceres. Também busca entendimento com Zelandes Santiago, da Utopia e Vida, mesma corrente de Gilney Viana, a fim de tê-lo como aliado e demovê-lo da idéia de concorrer à presidência.





Fonte: RD News

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