Novo auditor será oficializado hoje
O nome é indicado por servidores da Auditoria Geral para a recondução ao cargo, ocupado no período de 1996 a 2002. A demissão foi ocasionada por questões de ordem ética: Sírio mantinha, supostamente sem o conhecimento de Maggi, vínculo empregatício junto à Cemat, concessionária de energia elétrica no Estado e pivô de nova polêmica tributária.
De acordo com o assessor político do governador, Moisés Sachetti (PR), o governador aproveitaria a reunião na tarde de ontem com membros do staff para consultar secretários sobre a convalidação do nome de Botelho. Seriam ouvidos especialmente o secretário de Estado de Fazenda, Waldir Teis, e o procurador-geral, João Virgílio do Nascimento Sobrinho.
Sachetti confirma que Botelho do Prado tem sido elogiado por Maggi. “Maggi acha que ele é um bom nome. Ele é capaz para o cargo. Tem bom senso e firmeza”, declara Sachetti ao exaltar o currículo técnico do aspirante. Questionado sobre o perfil político e o traquejo junto ao governo, o assessor julgou que essas não são prerrogativas no processo de seleção do novo auditor.
“O auditor não precisa de trânsito político, mas de bom senso e inteligência de convencimento. É preciso ser firme sem ser grosso, sem truculência, e flexível apenas o suficiente”. O governador Blairo Maggi exonerou Sírio Pinheiro na noite do último dia 2. Ele ocupava o cargo desde o início do primeiro mandato do chefe do Executivo. Primo do senador Jonas Pinheiro, a indicação do auditor foi respaldada pelo antigo PFL, hoje Democratas.
Vinculado à Cemat, Sírio ignorou o impedimento legal de que funcionários públicos ocupem cargo em concomitância na iniciativa privada. A situação ganhou mais estrondo ante a combinação com notas de escândalo do alto posto no staff e o vínculo à concessionária de serviço público. Como auditor-geral, Pinheiro ocupava justamente a função de fiscalizar eventuais abusos no governo.
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