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Politica Brasil
Quarta - 15 de Agosto de 2007 às 07:09
Por: Catarine Piccioni

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A juíza Suzana Guimarães Ribeiro, da 6ª Vara Criminal em Cuiabá, decretou a prisão preventiva de Cristiano Guerino Volpato, funcionário do setor de licitações da Assembléia Legislativa, que é réu em um processo por peculato (uso indevido de verba pública) e formação de quadrilha, além de lesão ao patrimônio público.

“Considerando-se o teor da certidão do oficial de justiça que, por diversas vezes em cumprimento ao mandado de citação em nome de Cristiano Guerino Volpato (assessor do deputado José Riva e funcionário do setor de licitações da Assembléia Legislativa), não conseguiu localizar o réu, visando garantir a instrução criminal e aplicação da lei penal, decreto a sua prisão preventiva”, justificou a juíza em trecho da decisão, datada da última sexta-feira.

Outras dez pessoas constam como acusadas do mesmo processo, inclusive servidores e ex-servidores da Assembléia, João Arcanjo Ribeiro, ex-chefe do crime organizado em Mato Grosso, Nilson Roberto Teixeira, ex-gerente de factoring, e contadores. A ação penal é decorrente das investigações da "Arca de Noé", que desmantelou, em 2002, a organização criminosa chefiada por Arcanjo. O advogado Mário Sá limitou-se a dizer que Cristiano Volpato não foi intimado, mas o depoimento está marcado para o próximo dia 22.

De acordo com o Ministério Público, empresas eram utilizadas como supostos fornecedores para os quais a Assembléia emitia cheques posteriormente registrados junto à Confiança Factoring como se estivessem sendo descontados em uma operação de fomento mercantil. Fantasmas, as empresas serviriam para encobrir o desvio e apropriação indevida do dinheiro público. As investigações apontaram que milhões oriundos da AL passaram pelas contas da Confiança Factoring, cujo dono era Arcanjo.

Negativas -- Também na última sexta-feira, o técnico legislativo Juracy Brito, atualmente lotado no gabinete do deputado Humberto Bosaipo (DEM), afirmou desconhecer a emissão de 106 cheques que constam da denúncia apresentada pelo Ministério Publico.

“Que o interrogando (Brito) já esteve no banco compensando cheques do deputado Humberto Bosaipo, mas cheques emitidos por ele da conta pessoal dele; que nunca esteve no banco compensando cheques emitidos em nome de empresas ou de terceiros; que o interrogando nunca esteve na factoring de Arcanjo fazendo trocas de cheques e na empresa Confiança Factoring de posse de cheques emitidos pela Assembléia para a conversão dos cheques em dinheiro”, diz trecho do depoimento de Brito.

Juracy Brito negou ter sido beneficiado “pelos valores emitidos pelos deputados relacionados na denúncia”. Também disse que não conhece os réus João Arcanjo Ribeiro, Francisco de Assis, José Quirino, Joel Quirino e Nilson Teixeira.





Fonte: Olhar Direto

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