Deputado de MT teme concentração de recursos em médias e grandes cidades

O alto custo na elaboração de projetos técnicos e ambientais pode inviabilizar obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em pequenos municípios. E a solução, de acordo com o deputado federal Wellington Fagundes (PR-MT) está na formação de associações e consórcios entre esses municípios.

O alerta do parlamentar foi dado na manhã de hoje (14.08) durante palestra no 1º Encontro Estadual do Partido da República, que está sendo realizado no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá. Segundo Wellington, muitos municípios pequenos não dispõem de recursos para pagar esses projetos técnicos e ambientais e, além disso, não contam com a garantia de que eles sejam aprovados pelo governo federal. "Por isso, a solução é juntar municípios da mesma região para elaboração de projetos de interesse comum", diz.

Defensor do municipalismo, o parlamentar acredita que, se os municípios não formarem associações ou consórcios, correm o risco de ver os recursos do PAC serem aplicados apenas nas cidades de médio e grande porte. No caso de Mato Grosso, até o momento, apenas Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop receberam recursos do PAC. "Coincidentemente, são as maiores cidades do Estado", lembra Wellington. "Isso não quer dizer que esses municípios não mereçam os recursos, mas eles devem chegar, também, às pequenas cidades", disse.

Ele lembra que, sem investimentos em infra-estrutura, os pequenos municípios correm o risco de viver um êxodo populacional, enquanto as cidades de médio e grande porte podem viver a experiência do inchaço populacional, o que pode aprofundar o caos social, as desocupações irregulares e a formação de favelas, além do aumento do desemprego e a deficiência no atendimento dos serviços públicos, como saúde e educação.

"Unam-se. Mãos à obra", disse ele aos prefeitos que participam do encontro partidário.