Sachetti defende mudanças na Sema e elogia atuação de Brito
O clima de terror, em verdade, contaminou toda a secretaria. Nos pontos estratégicos, há medo evidente em tudo. Diariamente, engenheiros florestais e empresários deixam o órgão revoltado, criticando o que consideram “falta de comando”. Os ambientalistas sequer comemoram os resultados da redução do índice de desmatamentos, até por não atribuírem tal fato ao trabalho do Governo. “Os servidores estão com medo de assinar simples documentos” – admitiu Sachetti. Por conta de fraudes e irregularidades, o órgão ambiental do Governo têm sido alvo constante de operações policiais.
“Com a CPI, fatos serão esclarecidos" – disse Sachetti, ao prever que a Secretaria de Meio Ambiente “é uma antes da CPI e será outra depois da CPI”. Nesta terça-feira, o secretário-adjunto da Sema, Batilde Jorge Abdala, se prestou depoimento à CPI. A exemplo do chefe, há duas semanas, Batilde estava inseguro. A ponto de não conseguir dar explicações fáceis, como a sua composição salarial. Funcionário de carreira do Judiciário Estadual, Batilde recebe 40% do valor do salário de um adjunto. Fez confusão e acabou dando munição para os deputados.
A julgar pelo andamento da situação na Sema, é possível que o governador faça uma espécie de “assepsia geral” no órgão. A própria CPI deverá indicar essa necessidade em seu relatório. Até aqui, o comando da Sema não conseguir convencer de que está, de fato, cumprindo o seu papel institucional. Maggi vai esperar.
Sobre a Secretaria de Segurança Pública, Moisés Sachetti disse que Carlos Brito surpreendeu pela sua firmeza, após passar pelo que classificou de “fase negra” no setor. “A tendência é trabalhar agora mais tranqüilo” – observou. Ele citou como exemplo a renovação da frota com aluguel de viaturas, já que a manutenção da frota é de 20 a 25%. O extraordinário de Maggi, uma espécie de termômetro do pensamento político do governador, disse que Brito “esta desenvolvendo um grande trabalho frente a secretaria”.
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