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Politica Brasil
Terça - 14 de Agosto de 2007 às 14:01
Por: Ana Paula Bortoloni

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O governador Blairo Maggi (PR) disse nesta terça-feira que não considera crime o fato de parlamentares interferirem nos andamentos dos processos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). “O parlamentar vem para a Assembléia Legislativa defendendo as suas regiões e respectivas economias. Se ele não tiver o direito de ir a uma secretaria e reivindicar ao secretário a agilização de projetos ou de políticas relacionadas a aquela região, ele perde grande parte da função que tem”, justificou Maggi.

Ontem, o deputado estadual Juarez Costa (PMDB) renunciou aos cargos de suplente na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sema e vice-líder do governo na AL após denúncias anônimas de tráfico de influência e até cobrança de propina para a liberação de planos de manejo e projetos de exploração florestal na pasta. Além dele, o líder do governo na Casa, deputado Mauro Savi (PR), também é alvo de denúncias de interferências. A CPI informou que vai apurar supostas irregularidades.

“Eu li algumas denúncias que foram feitas, a maioria são sobre tráfico de influências. Não defendo isso (tráfico de influência), mas interferir é papel do parlamentar. Acho que a CPI está aí para verificar o que está errado ou não”, frisou o governador, informando ainda que o substituto de Costa na vice-liderança da AL deve ser indicado pelos próprios parlamentares.

Na semana passada, o deputado José Riva (PP), que preside a CPI, também classificou a interferência dos parlamentares como comum. “Quero que um dia ninguém precise ligar para um deputado reclamando da demora dos processos e pedindo ajuda”, disse, ponderando que tal situação não teria a ver com a suposta ocorrência de “fraudes”.

Além dos dois parlamentares, o deputado Humberto Bosaipo (DEM) também apareceu nas investigações da Operação Guilhotina, conduzida pela Polícia Judiciária Civil e Ministério Público Estadual, que motivou a instalação da CPI. Ex-prefeito de Nobres (151 km de Cuiabá), Devair Valim de Melo (DEM) admitiu ter sido o procurador do democrata na venda de uma fazenda, mas negou ter agilizado a tramitação do plano de manejo florestal sustentável e projeto de exploração florestal para a área.

Estão sendo ouvidos hoje pela CPI da Sema o secretário-adjunto da pasta, Batilde Jorge Abdala, e o ex-superintendente florestal Rogério Rodrigo da Silva.





Fonte: Olhar Direto

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