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Politica Brasil
Terça - 14 de Agosto de 2007 às 09:24

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O ex-deputado federal Lino Rossi deve ser liberado possivelmente nesta quarta (5), assim que for interrogado pelo juiz federal Jeferson Schineider, da 2ª Vara Federal de Cuiabá. O ex-parlamentar, que dormiu na carceragem da superintendência da Polícia Federal de Brasília, chega à capital mato-grossense nesta terça. Ele foi preso no aeroporto de Brasília, momentos antes de embarcar para São Paulo. Como não possui curso superior, o radialista e ex-apresentador de TV deverá ser conduzido para alguma cadeia até ser convocado pelo juiz para prestar depoimento no processo em que figura como reú.

Advogados ouvidos pelo RDNews asseguram que, como o processo está em fase inicial de instrução, Lino Rossi deverá ficar em liberdade. Sua prisão só fora motivada por este tentar "driblar" os oficiais de Justiça e também por desacatar a Justiça. Por três vezes, os oficiais tentaram notificá-lo para a audiência e não conseguiram.

"Não tive acesso à decisão do juiz, mas pelo que li na imprensa, se a prisão foi motivada para garantir a instrução processual, ele (Rossi) deverá ser liberado assim que prestar depoimento", enfatiza o advogado Paulo Taques. Nesse caso, o juiz deverá impor algumas condicionantes. Lino Rossi tende a assinar um termo de compromisso para comparecer a todas as audiências, não mudar de endereço e só se ausentar de Cuiabá ou Várzea Grande mediante autorização da Justiça.

Denúncias

Há dois meses, Rossi foi denunciado pelo Ministério Público Federal sob acusação de cometer crimes de lavagem de dinheiro, corrupção e formação de quadrilha. Teria embolsado cerca de R$ 3 milhões no esquema da Máfia das Sanguessugas. Por meio da Planam, com sede no Coxipó, em Cuiabá, a máfia adquiria ambulâncias para prefeituras com preços superfaturados. O esquema envolvendo emendas parlamentares junto ao Orçamento Geral ganhava corpo porque, segundo as investigações, "rolava" propina. Segundo o MPE, Rossi atuou como espécie de braço-político da máfia. Teria intermediado a aproximação dos empresários Luiz e Darci Vedoin junto a vários parlamentares. Ao longo de cinco anos, a máfia movimentou cerca de R$ 100 milhões.





Fonte: RD News

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