Prefeito de Cuiabá pede investigação à Sejusp

A Procuradoria Geral de Cuiabá protocolou na tarde de ontem pedido de investigação na Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) sobre suposto golpista que estaria utilizando o nome do prefeito Wilson Santos (PSDB) em crime caracterizado como estelionato. O secretário Estadual de Justiça e Segurança Pública, Carlos Brito, afirmou que o caso será encaminhado à Gerência de Seqüestro e Investigações Especiais da Polícia Civil, aos cuidados do delegado Luciano Inácio.

Brito alertou sobre a necessidade da contribuição da sociedade para chegar ao criminoso ou a possível quadrilha responsável pela aplicação de golpes no Estado. “Toda e qualquer denúncia vai ajudar a no mínimo evitar que esse tipo de crime continue ocorrendo. A população pode ajudar não apenas no caso que envolve o nome do prefeito Wilson Santos, mas também nas ações que visam proteger as vítimas”, disse.

Para colaborar no processo, a Secretaria de Governo da prefeitura também encaminhará denúncia à Frente Nacional dos Prefeitos (FNC), Confederação Nacional de Prefeitos (CNP) e ainda para a Associação dos Municípios Brasileiros (AMB). A ação visa alertar as entidades sobre o esquema que atingiu o chefe do executivo municipal.

A equipe de governo foi surpreendida na semana passada com a confirmação de que um golpista teria utilizado o nome do prefeito Wilson Santos para aplicar golpes junto ao comércio e administrações municipais. As informações reportam a um número de celular, de código 65, identificado pela prefeitura como possível via para os contatos.

A certeza de que o golpe tomou proporções interestaduais se deu com o recebimento de um telefonema dirigido ao gabinete de Santos. Na ligação um funcionário de uma prefeitura do Rio Grande do Sul tentava confirmar a chegada de encomenda para o prefeito. A prefeitura sustenta que o chefe do executivo municipal não fez qualquer tipo de solicitação para o referido município.

De acordo com o procurador-adjunto do município, Luiz Fernando, as informações não evoluíram desde a última sexta-feira. A expectativa, disse, é de que a Sejusp colabore para agilizar o processo de investigação. “Não conseguimos novas informações. Também não conseguimos saber qual seria o teor da tal encomenda feita pelo falsário com o nome do prefeito Wilson Santos. Mas o procurador geral do município, José Antônio Rosa deve conversar com o secretário Carlos Brito para solicitar agilidade nas investigações”, avaliou.

O prefeito, segundo assessores, demonstrou preocupação sobretudo após o golpe vivido recentemente pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do PFL. O golpe neste caso foi aplicado por um detento do sistema penitenciário de Mato Grosso.