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Politica Brasil
Segunda - 13 de Agosto de 2007 às 21:20

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Os deputados Juarez Costa (PMDB) e Mauro Savi (PR) estão num mato sem cachorro. Eles integram a recém-criada CPI do Meio Ambiente e agora são acusados de, entre outras irregularidades, de tráfico de influência junto à Sema na tentativa de liberar projetos de manejos florestais. Denúncias formais e anônimas já estão com a CPI. Agora, Mauro e Juarez, líder e vice-líder do governo Blairo Maggi na Assembléia, respectivamente, devem ser orientados a deixar a Comissão, da qual participam como suplentes.

Eles preparam a defesa, no sentido de desmentir os fatos. Vão resistir, assim como faz o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sob investigação do Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar. As acusações mais graves pesam contra Juarez, pré-candidato a prefeito de Sinop (a 500 km ao Norte de Cuiabá). Posseiro de uma área na gleba Caubi, em Feliz Natal, o agricultor João Batista da Silva encaminhou à CPI denúncias contra o deputado peemedebista. Acusa-o de tráfico de influência, de cobrança de propina, de liberar projeto de manejo fraudulento e de favorecer apadrinhados políticos. Os aliados de Juarez contestam. Garantem que as acusações são mentirosas. Classificam-nas de tentativas de prejudicar o deputado por este liderar as pesquisas para prefeito de Sinop, cidade-pólo do Norte mato-grossense. Contra Savi, a denúncia é anônima. Mesmo assim, a CPI pretende apurá-la. Savi teria influenciado junto à Sema na tentativa de aprovar planos de manejos florestais sustentáveis e projetos de exploração florestal. Tanto Savi quanto Juarez têm como principal base eleitoral o Nortão, onde predomina o comércio madeireiro, consequentemente a região com maior demanda de processo sobre licenciamento ambiental e com maior Cadastro de Consumidores de Produtos Florestais junto à secretaria estadual do Meio Ambiente. A CPI da Sema, sob José Riva, terá três encontros esta semana. Está marcado depoimento de 10 pessoas, entre servidores da Sema e empresários madeireiros. Até agora foi ouvido oficialmente o secretário Luís Daldegan. Entre os 10 desta semana está o secretário-adjunto Batilde Jorge Abdala. O desafio da Comissão instaurada pela Assembléia Legislativa é apurar uma série de denúncias de irregularidades na área ambiental do governo, descobrir e propor alternativas para acabar com a demora na aprovação dos projetos e, assim, "destravar" o desenvolvimento do setor, principalmente o comércio madeireiro.




Fonte: RD News

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