Renan nega sociedade secreta com usineiro
A sociedade foi confirmada por Lyra em entrevista à revista “Veja” desta semana. Segundo o usineiro, Renan teria investido R$ 1,3 milhão no negócio, parte paga em reais, parte em dólares.
Segundo a publicação, nem a origem do dinheiro, nem a sociedade, a rádio ou o jornal foram declarados pelo senador à Receita Federal ou à Justiça Eleitoral. A sociedade teria durado até 2005.
Na conversa com a revista, João Lyra diz que nunca se interessou em saber de onde vinha o dinheiro do senador e afirma que aceitou colocar as empresas em nome de “laranjas”. “Ele me disse que não tinha como aparecer publicamente à frente do negócio, mas não explicou as razões. Por isso, pediu para colocarmos tudo em nome de laranjas. Eu topei”, disse Lyra à “Veja”.
Em entrevista à "TV Gazeta", afiliada da Rede Globo, Renan disse que as afirmações do usineiro são falsas e que a reportagem demonstra uma “campanha eleitoral sem provas” contra ele.
O senador disse que “na hora certa” vai responder às acusações e que tem respondido “a todas as mentiras” com documentos. Ele afirma ainda que João Lyra terá oportunidade de se explicar ao Conselho de Ética do Senado.
A assessoria de Lyra informou que o empresário está em Minas Gerais, onde tem usina, e que ainda não foi possível localizá-lo.
Empresa
Ainda de acordo com a “Veja”, a JR Radiodifusão está registrada em nome de Tito Uchôa, primo de Renan, e do filho do senador, Renan Calheiros Filho, apontados pela revista como “laranjas” do senador.
A Mesa do Senado já recebeu representação para que seja aberta investigação sobre a negociação envolvendo o grupo de empresas de comunicação.
Segundo a revista, desde 2005 a JR Radiodifusão recebeu quatro outorgas do Ministério das Comunicações. A última, que autoriza a JR a operar uma rádio FM na cidade de Água Branca por dez anos, foi assinada na semana passada pelo próprio Renan.
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