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Politica Brasil
Sábado - 11 de Agosto de 2007 às 09:20
Por: Diego Soares

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O vereador Orlando Cardoso Chaves, o Orlandinho (PP) de Barra do Bugres teve seu mandato cassado em sessão extraordinária que aconteceu durante todo o dia de ontem.

Por seis votos a três, o ex-presidente da Câmara de Barra do Bugres (gestão 2006), Orlandinho, não responde mais como parlamentar daquela Casa de Leis, pelo menos até que entre com recurso e tente recuperar o mandato conquistado nas eleições de 2004.

Orlandinho foi acusado de não abrir processo licitatório para a aquisição de mais de R$ 8 mil em cartões telefônicos para o celular da Câmara Municipal. Além disso, pesa contra o agora ex-vereador as acusações de comprar desnecessariamente quatro baterias para somente um carro, como gastos abusivos e desvio de dinheiro público.

O processo de cassação durou exatamente 90 dias, prazo determinado para que as investigações a cerca do caso fossem apuradas e a decisão dos vereadores fosse tomada. A sessão extraordinária de abertura da cassação do mandato do parlamentar teve início no domingo, e continuidade de segunda até ontem quando o processo foi concluído.

Após a leitura dos documentos em relatório, cada vereador teve 15 minutos para dar seus depoimentos. Na seqüência a defesa do vereador cassado usou de pouco mais de uma hora para fazer suas considerações. Por último, Orlandinho fez um discurso emocionado, interrompido várias vezes pela emoção, questionando os demais vereadores. “Se eu apresentar aqui, em plenário, provas de crimes cometidos pelos senhores vereadores que hoje querem me cassar, os senhores renunciram a seus cargos?”, ameaçou.

Ou únicos vereadores que responderam sim ao questionamento de Orlandinho foram Aguiar Antonio da Silva Pereira (DEM) e José Carlos de Almeida (DEM), o restante dos edis permaneceram em silêncio. Porém, o presidente da Câmara Moacir Júlio Dias (PT) negou o pedido de Orlandinho para apresentar as denúncias, alegando que as mesmas não faziam parte do processo.

Em seguida foi aberta a votação, por itens, onde duas cédulas, uma com o ‘Sim’ e outra ‘Não’ foram entregues para cada vereador. Os itens abertos para votação foram cartões telefônicos, baterias, multiplicidade de aquisição de mesmo produto e combustível e óleo lubrificante. Dessa forma, com seis votos a três em cada item, o mandato de Orlandinho foi cassado.

Defesa garante que entrará com recurso - Os advogados de defesa de Orlandinho, encabeçados por Ledjane Zandonadi garantiram após a sessão que entrarão com recurso junto ao Tribunal de Justiça da capital do Estado, Cuiabá. De acordo com Ledjane a sessão de cassação de Orlandinho foi um dos maiores absurdos cometidos por uma Casa de Leis. “O presidente da Câmara fez todas as manobras imagináveis para vetar qualquer defesa que poderíamos fazer ao acusado, e o pior que ele vetava tudo desavergonhosamente”, frisou a advogada.

Emocionado, Orlandinho disse que voltará para a Câmara como vereador através da justiça. “Fui vítima de perseguição, por que deixei o grupo de oposição ao prefeito”, disse. Já o presidente da Casa, vereador Moacir disse que a justiça foi feita.





Fonte: Diário da Serra

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