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Politica Brasil
Sábado - 11 de Agosto de 2007 às 08:05

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Ao menos seis líderes políticos detentores de mandatos eletivos já preparam membros da família, como irmãos, primos e filhos para tentarem ampliar o poder na vida pública, a partir do aval das urnas de 2008. O deputado federal de primeiro mandato Homero Pereira (PR), por exemplo, incentiva o irmão Américo Pereira a disputar a Prefeitura de Alto Araguaia. Américo é comerciante e deve trocar o PPS pelo PDT para concorrer a sucessão do prefeito Maia Neto (PR). O também federal Wellington Fagundes, já no quinto mandato, deve lançar o filho João Antonio Fagundes a vereador por Rondonópolis. Fagundes tem dois filhos: Diogênes e João Antonio. O deputado já prepara Antonio, prestes a se formar em Economia pela UnB, para começar a criar clã na política.

O deputado estadual José Domingos (DEM), ex-prefeito de Sorriso por três mandatos, terá o irmão Neurilan Fraga na corrida pela Prefeitura de Nortelândia. Também filiado ao DEM, Neurilan integra a pasta de Projetos Estratégicos do governo Blairo Maggi como coordenador dos consócrios intermunicipais de desenvolvimento sustentável.

O deputado federal Pedro Henry (PP) vai tentar reeleger o irmão Ricardo Henry prefeito de Cáceres. A mesma investida será feita pelo senador Jaime Campos (DEM) em relação a seu irmão, o prefeito Benedito Paulo de Campos, o Dito Paulo, em Jangada. Outro prefeito que também sonha com a reeleição é César Borges (PR), de Sapezal. Ele é primo do governador Maggi, que articula para deixar o caminho livre para o parente rumo a um novo mandato.

Tradição

É a chamada familiocracia enraizada na política em Mato Grosso. Até aqui, a estratégia era lançar casais para cargos eletivos, como foram os casos de Carlos e Teté Bezerra, Dante e Thelma de Oliveira e Jonas e Celcita Pinheiro. Bezerra e Jonas foram senadores com as esposas na cadeira de deputadas federais. Agora Bezerra passou a exercer mandato de deputado, o que tirou de Teté a chance de tentar a reeleição em 2006. Jonas continua no Senado e só não tem Celcita na Câmara porque ela foi rejeitada nas urnas. Dante (já falecido) era governador e elegeu a esposa Thelma deputada. Ela reconquistou o mandato no ano passado.

Agora, o momento político parece sinalizar para candidatura de primos, filhos e irmãos de detentores de mandatos eletivos. Mudam-se as estratégias, conservam-se os mesmos interesses.





Fonte: RD News

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