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Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Sexta - 10 de Agosto de 2007 às 07:40

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Dois senadores, vários interesses e um problema: a falta de ética. Jonas Pinheiro e Jaime Campos (ambos DEM) se envolveram diretamente na polêmica em torno de Luiz Antônio Pagot, cujo nome foi aprovado na última terça (7) pela Comissão de Serviços de Infra-Estrutura para assumir a direção do Dnit. Pagot é o primeiro suplente de Jaime. Sem a mínima preocupação de vir a ter a função questionada, Jaime assumiu a relatoria do processo de Pagot. De Jonas, Pagot foi assessor parlamentar no Senado por oito anos e, ao mesmo tempo, diretor da Hermasa Navegação da Amazônia. Em tese, a dupla função seria ilegal, a considerar o que diz o Artigo 117 da Lei 8.112 de 1990, sobre o regime jurídico dos servidores públicos e civis da União. Essa lei proíbe ao servidor “participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada” (...). Também veda “exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho”.

Foi tudo um faz de conta. Um senador apresentou relatório relâmpago e nem citou que Pagot foi servidor do Senado. O outro o empregou como fantasma. Os dois se juntaram a uma terceira força, a da também parlamentar mato-grossense Serys Marly (PT), que ignorou o passado de críticas ao então trator do governo Blairo Maggi e virou defensora ferrenha da indicação de Pagot para o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes. Jonas e Jaime levaram Pagot para uma reunião com os demais senadores democratas. Serys pediu voto para ele junto aos colegas petistas.

Eles não admitem que tomaram posição antiética e nem corporativa. Sustentam a tese de que estão defendendo os interesses de Mato Grosso por entender que Pagot, no Dnit, voltará às atenções para a malha viária federal no Estado. Recorrem também ao argumento de que o ex-secretário de Estado apresentou um parecer da assesoria jurídica do Senado, que o isenta de dolo.

Pagot está prestes a assumir o segundo cargo mais importante da área de transporte do país. Basta o aval do plenário do Senado, algo que deve acontecer na próxima semana.





Fonte: RD News

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