Percival volta alertar Maggi sobre “marasmo”
“Outros Estados, como Mato Grosso do Sul, Goiás e até Minas Gerais, desde quando começou esta discussão da necessidade mundial pelo Etanol, já multiplicaram por três a criação de usinas. Enquanto isso, Mato Grosso ainda patina por não ter dado valor antes para a atividade e, agora, a falta de ações políticas para acelerá-la”, constatou.
O deputado destacou que o Estado viveu no primeiro semestre de 2007, o qual se tinha uma expectativa muito grande para recuperação, um dos mais tristes da história de Mato Grosso. Mais em virtude dos reflexos negativos da grave crise que assolou o agronegócio, principal pilar da economia estadual, nos últimos dois anos, continuarem e nada se fez para a retomada do crescimento e o desenvolvimento sustentável, frustrando a todos.
“Passada a nomeação de Pagot, onde o governo gastou todas as energias para garanti-lo no Dnit, Blairo precisa chamar a todos e se empenhar na discussão de alternativas para a recuperação da economia e o desenvolvimento sustentável, que garantam uma melhor distribuição de qualidade de vida”, argumentou.
Uma das alternativas citadas pelo Parlamentar, para a retomada do crescimento econômico, é a produção do etanol, que pode ser via cana-de-açúcar ou milho. No entanto, até o momento, não tem avançado com nenhum dos dois produtos. Conforme Muniz, um dos motivos é a morosidade para implantação de projetos, que chega levar anos o período que vai do estudo de viabilidade, passando pela liberação de financiamento e o inícios das atividades.
“Como não nos mexemos antes, ficamos para trás de outros Estados, que já estão mais avançados, pois começaram primeiro. Estes, agora, estão como os projetos aprovados ou em implantação”, comparou o parlamentar socialista.
Percival lembrou que, quando se iniciou a discussão da atividade sucroalcooleira como alternativa para superar a crise, o governador Blairo Maggi, quando voltou dos Estados Unidos, ainda no primeiro semestre, defendeu que Mato Grosso deveria optar pela produção de etanol à base do milho. “Foram argumentos fortes. Afinal, a geração de empregos diretos na utilização do milho para a produção do Etanol chega a mil. Já, com a cana é de 300. Então, se a opção é pelo milho, ou por ambas, devemos acelerar a implantação. Precisamos de ações ofensivas para avançar, o que não pode: é ficar nesse ‘marasmo’”, disparou.
Defendeu, então, a necessidade urgente de se iniciar a discussões de ações articuladas, “com a participação dos órgãos ambientais, para acelerar a instalação das usinas em Mato Grosso”, destaca Muniz, observando que já se perdeu muito tempo para expansão dessa atividade. “Estamos com uma década de atraso e não podemos, agora, perder mais cinco ou seis anos”, advertiu.
Comentários