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Politica Brasil
Quinta - 09 de Agosto de 2007 às 07:51
Por: Thaís Raeli

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Percival Muniz diz que já reclamou ao governador Blairo Maggi da tentativa de republicanos em fazer imposições a prefeitos do PPS

Presidente do PPS, o deputado Percival Muniz acusou o governador Blairo Maggi (PR) e outros dirigentes republicanos de perseguição e imposições para que prefeitos ingressem na legenda governista. Segundo o parlamentar, três prefeitos que aderiram ao partido do governo vão retornar ao PPS.

Ele disse que não apontaria os nomes por temer retaliação por parte dos republicanos. “Não posso anunciar o nome dos prefeitos porque estão sofrendo pressão. Eu achava que esse tipo de situação estava extinta do processo político. Ficam pressionando os gestores com a ameaça de cortar convênio se ele não se filiar ao PR. Já reclamei com o governador e ele atribuiu a outras pessoas do partido. Tal postura desmonta todo o discurso de Maggi quando era candidato ainda no primeiro mandato. Por isso, tem tanta prefeitura que agora pertence ao PR”, protestou Muniz.

Segundo o parlamentar o governador tem se transformado em mais um entre os tantos políticos. “O comportamento dele (Maggi) se assemelha à velha conduta de perseguição e ameaça num estilo centralizador que acarretará no desgaste de sua imagem”, opinou dirigente pepessista.

“Não gostaria que o Blairo perdesse o rumo, ele ganhou a reeleição num momento importantíssimo para a história de Mato Grosso. Queremos um governo diferente e o povo aplaudiu quando ele apresentou essa proposta. Maggi não pode perder esse norte”, assegurou.

Percival cobra de Maggi a essência do início da vida política, quando não havia interesse em ser mais uma liderança, com “conchavos”. “Terminando sua missão, ele que volte para cuidar da empresa Amaggi, se for o caso, mas não seja mais um. Se o povo quisesse mais um não o elegeria”, completou.

A adesão em massa dos prefeitos de Mato Grosso ao PR, acompanhando o governador Maggi, também já foi questionada anteriormente. Em março deste ano, o senador Jayme Campos, do Democratas, disse que o PR cooptou líderes do antigo PFL e que “estes se venderam por propostas e por óleo diesel”.

O congressista questionou, à época, que o então PFL contava com 22 prefeitos em Mato Grosso e ficou com 17 depois que os gestores de cinco municípios (Ribeirãozinho, Conquista D’Oeste, Itiquira, Primavera do Leste e General Carneiro) decidiram aderir ao PR.

Ao todo, mais de 70 chefes do Executivo de diversas agremiações acompanharam Maggi na troca de partido. O discurso foi reiterado pelo senador Jonas Pinheiro (DEM), que, num tom mais cauteloso, admitiu que houve cooptação por parte do PR.

Blairo aderiu ao Partido da República em fevereiro deste ano, após ter sido eleito pelo PPS. A mudança de agremiação foi por divergência com a direção nacional da legenda.





Fonte: Diário de Cuiabá

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