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Politica Brasil
Quinta - 09 de Agosto de 2007 às 07:16
Por: Téo Meneses

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Em depoimento à Justiça Federal, o empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin, sócio proprietário da Planam, reafirmou que entregou dois cheques de R$ 25 mil cada para a campanha da ex-deputada federal Celcita Pinheiro (DEM) em 2002. Ele disse que esperava que a ajuda resultasse no direcionamento de emendas parlamentares para compra de ambulâncias com preço superfaturado.

Luiz Antônio afirmou que os cheques foram entregues pessoalmente para Celcita, durante visita da atual secretária de Assistência Social e Desenvolvimento de Cuiabá à sede da Planam. Na ocasião, o patriarca da família, Darci Vedoin, presenciou a entrega da doação de campanha, que deveria ser patrocinada pela empresa Santa Maria, que também pertence aos Vedoin.

Luiz Antônio admitiu que a doação foi entregue mediante a apresentação de emenda da parlamentar para o esquema conhecido como máfia dos sanguessugas. Os R$ 50 mil representariam 10% do montante destinado por Celcita no Orçamento Geral da União para compra de ambulâncias.

O depoimento do empresário contradiz a tese defendida pelos advogados de Celcita de que teria sido entregue somente um cheque de R$ 25 mil para o irmão da ex-deputada, Air Bom Despacho, para pagamento de um serviço feito pelo empreiteiro em uma das empresas da família Vedoin. Esposa do senador Jonas Pinheiro (também do DEM), ela garante que nunca teve qualquer relação com as empresas ligadas à Planam.

Celcita já foi denunciada pelo Ministério Público Federal (MPF) e no mês passado passou a ser alvo de uma ação penal, já que a Justiça Federal acatou a acusação formal contra a parlamentar. Ela é alvo de duas ações. Foi acusada por formação de quadrilha, recebimento de vantagem indevida e por lavagem de dinheiro. A ex-deputada não foi encontrada pela reportagem para comentar o assunto.

Desmantelada no ano passado, pela Polícia Federal, Ministério Público Federal (MPF) e Justiça Federal, a máfia dos sanguessugas teria engendrado no âmbito do Ministério da Saúde com a participação de deputados federais diversas operações de liberação de recursos de emendas parlamentares para aquisição de ambulâncias que supostamente seriam superfaturadas, assim como equipamentos hospitalares. Segundo as investigações ,teriam sido desviados mais de R$ 110 milhões dos cofres públicos entre os anos de 2001 e 2005.





Fonte: Gazeta Digital

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