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Politica Brasil
Quarta - 08 de Agosto de 2007 às 19:51

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva só viaja em uma aeronave Airbus-A319 se os reversos estiverem destravados. A ordem é do GTE (Grupo de Transporte Especial), ligado à Aeronáutica. Segundo o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, é uma orientação extra de segurança em relação às recomendações determinadas pela fabricante da aeronave.

"Por norma de segurança, não é permitido voar sem o reverso. É uma norma de segurança para transportar o mais alto mandatário na nação, não pode operar sem o reverso", afirmou o comandante durante depoimento à CPI do Apagão Aéreo da Câmara. Saito lembrou ainda que parte da manutenção do avião presidencial é feita pela TAM.

A informação de Saito sobre o reverso causou espanto entre os presentes à sessão da comissão porque o Airbus-A320 da TAM --que se acidentou no dia 17 de julho e causou a morte de 199 pessoas-- voava com um dos reversos travados --ou "pinados", como afirmam os especialistas. O reverso é o equipamento que ajuda o avião a frear no momento do pouso.

Revelação grave

Os deputados reagiram com críticas às informações de Saito sobre as orientações extras de segurança destinadas ao avião presidencial.

Para a deputada Luciana Genro (PSOL-RS), a Aeronáutica deveria proibir o vôo de todas as aeronaves com o "reverso pinado". "[A informação do comandante] foi a revelação mais grave que houve aqui hoje. A Aeronáutica sabe que voar com o reverso pinado oferece risco", disse.

O presidente em exercício da CPI, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também defendeu mudanças nas exigências ordenadas pelas empresas aéreas e fabricantes de aeronaves no que se refere ao reverso.

"Isso reforça [a tese de] que a TAM e a Airbus devem rever essa recomendação de poder voar com o reverso pinado", afirmou Cunha. "Se o avião do presidente não pode voar com o reverso pinado, o fabricante deve adotar o mesmo procedimento para as outras aeronaves. No caso de segurança de vôo tem de evitar os acidentes. E, esse procedimento deveria ser adotado para todas as aeronaves."

Da mesma forma pensa o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR). "Acho que a regra tem que ser igual para todos".





Fonte: Folha Online

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