CGU vê irregularidade em 15 das 50 obras públicas da Gautama
De acordo com o ministro, os auditores ainda vão se voltar para mais sete obras. As equipes já estão sendo montadas. Entre elas, as que analisarão a adutora da Batateira, na Bahia, a barragem do Poço Verde, em Sergipe, e, em Alagoas, a adutora do Alto Sertão e a drenagem do Tabuleiro dos Martins.
Com exceção dos prédios do Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, e da Superintendência da PF em São Paulo, já concluídos, todas as obras investigadas estão paradas. Para selecionar os empreendimentos, os auditores se basearam em escutas e documentos apreendidos pela Operação Furacão. “É muita coisa”, disse Hage ao Congresso em Foco.
Não há prazo para os trabalhos serem concluídos. A CGU não descarta a possibilidade de as investigações se estenderem a outras obras. Há duas semanas, a Controladoria declarou a Gautama inidônea para contratar com a administração pública federal após analisar a defesa apresentada pelos advogados da empresa.
Inidônea
Em sua decisão, Hage disse que “restam caracterizadas práticas de atos ilícitos que, além de ter por objetivo frustrar os princípios que regem as licitações e de evidenciar irregularidades cometidas na execução de contratos, atentam contra a necessária idoneidade da referida empresa para estabelecer relações contratuais com a administração”.
Em 17 de maio, a PF prendeu o dono da construtora, Zuleido Soares Veras, e diversas autoridades públicas do Nordeste e do Centro-Oeste do país, porque, segundo as investigações, participavam de um esquema para fraudar licitações e medições. Atualmente, todos estão soltos, mas cerca de 50 pessoas respondem a inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ), acusadas de envolvimento com a chamada máfia das obras públicas.
Comentários