Planalto já avalia que queda de Renan é inevitável
A avaliação não é de que Renan vai renunciar, mas, sim, de que as chances da cassação aumentam a cada dia depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu inquérito contra ele para investigar suspeitas de enriquecimento ilícito. As conversas com o PMDB - o maior partido do Senado, que, pela tradição, tem direito a indicar o presidente da Casa - devem ser reforçadas na próxima semana, já que Lula no momento está num giro por cinco países da América Latina.
A intenção do governo é iniciar a articulação de forma discreta. A maior preocupação do Planalto diz respeito às votações de seu interesse, como a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e da Desvinculação das Receitas da União (DRU).
O presidente do Senado resiste a deixar o cargo. Muitos de seus amigos, porém, já o aconselharam a entregar o anel para não perder os dedos. Acreditam que, se desistir da presidência, Renan ainda pode conseguir preservar o mandato. Não parecem que serão ouvidos. A todos com quem conversa, Renan argumenta que, se sua situação é frágil no poder, fora dele ficará muito pior. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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