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Politica Brasil
Terça - 07 de Agosto de 2007 às 14:39
Por: Juliana Michaela

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O prefeito de Peixoto de Azevedo, Hermenegildo Bianchi Filho, vai se reunir amanhã com o governador do Estado de Mato Grosso, Blairo Maggi, para pedir providencias na região, que sofre com a falta de água. Azevedo havia decretado situação de emergência do município no dia 23 de julho.

A falta d¿água assola mais 15 mil habitantes do distrito rural de União do Norte, no município de Peixoto de Azevedo, distante cerca de 630 km de Cuiabá. Os poços artesanais, açudes e córregos estão secos e a população é abastecida diariamente com água de carros pipas que vem do rio Peixoto de Azevedo que dá nome ao município, distante cerca de 75 km do distrito rural.

"Nós precisamos de recursos para fazer a captação de água por meio de poços artesianos no distrito União do Norte. Estamos com problemas graves com a falta de água, a cada ano que passa fica pior porque a população sempre aumenta. A única forma de levar água é por meio de carros pipa. O rio Peixoto de Azevedo está abaixo do normal, mas nunca faltou água nele", declarou o prefeito Hermenegildo Biachi Filho.

O assessor pedagógico das escolas da zona rural e professor da escola municipal Vida e Esperança, Moacir Costa Real, falou que a situação está a cada dia mais grave. "Estamos sendo abastecidos com água através de carro pipa. Já a água para beber são de poços artesanais, ainda assim regulada para não paralisar as aulas. Na hora da aula os registros dos banheiros são desligados e só funciona água de bebedouro que também é regulada para não faltar aos alunos do período vespertino. Tivemos que conscientizar os alunos sobre o desperdício¿, ressaltou o assessor pedagógico.

Moacir Costa Real falou que o problema de falta d¿água é corriqueiro e começou a ocorrer em 1999, devido ao desmatamento na mata amazônica que existia na região do distrito rural. "Para conseguirmos água para beber tivemos que perfurar a terra umas quatro vezes. Nós pedimos aos alunos trazerem de casa garrafinhas de água para beber. A merenda escolar foi suspensa e tivemos que servir bolachas e suco¿, afirmou o assessor pedagógico.

O engenheiro civil da prefeitura de Peixoto de Azevedo, Euclides Junior falou que fez o laudo técnico que embasou o decreto. ¿Nós encaminhamos esse laudo e o decreto ao vice-governador, Silval Barbosa. Amanhã o prefeito irá se reunir com o governo Blairo Maggi para pedir providências na região. Estamos preenchendo os documentos para pedir que a Defesa Civil Estadual vá ao Distrito União do Norte para analisar a situação e o governo também decrete situação de emergência", disse o engenheiro civil.

O coordenador de resposta a desastre e reconstituição da Defesa Civil Estadual, Major Licinio Ramalho Tavares informou que não recebeu nenhum comunicado oficial da Prefeitura de Peixoto de Azevedo. "Ainda não fomos comunicados, ao recebermos o oficio iremos encaminhar um técnico para averiguar a situação", declarou Major Licino Ramalho Tavares.





Fonte: Diário de Cuiabá

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