Entidades debatem aborto na Assembléia Legislativa
No próximo dia 15 de agosto, entidades e representantes de todos os segmentos sociais, de todo o País, realizam uma marcha nacional até Brasília, para sensibilizar os parlamentares do Congresso Nacional a não apresentarem leis que autorize a realização do plebiscito – consulta popular – que trata da legalização ou não do aborto no Brasil.
Para a coordenadora de Estudo e Doutrina da Federal Esperita de Mato Grosso, Luiza Leontina A. Ribeiro, a vida é de ordem divina e não cabe aos seres humanos exinguí-las e sim valorizá-la em todos os seus aspectos.
“O aborto na visão espirita somente é permitido quando a gravidez ocasiona risco de vida à mãe, em relação à vida do feto. A vida existe desde o instante da concepção, por isso é preciso valorizar a vida em todo o seu aspecto”, destacou Luiza Ribeiro.
De acordo com a coordenadora de Promoção Humana da Renovação Carismática Católica, Ely Maria da Cruz Mendonça, a Constituição Federal de 1988 define que a vida é uma das garantias da cláusula pétrea, que não pode ser alterada por emenda constitucional.
“Não podemos permitir que o governo e uma facção da sociedade interessada em fazer permear as soluções fáceis, os contra-valores, destruam as estruturas sagradas de respeito à vida e à moral”, afirmou Ely Mendonça.
Na Câmara dos Deputados, o Decreto Legislativo – 1.494/2004 autoriza o plebiscito - através de consulta popular para tratar da lei do aborto, como sendo de saúde pública. Outro projeto em discussão na Câmara dos Deputados é o que descriminaliza o aborto, que está sob a relatoria do deputado Jorge Maudalen e aguarda pauta para ser discutido em Plenário.
De acordo com o site: www.brasilsemaborto.com.br, pesquisa realizada recentemente pelo DEM (ex-PFL), 76,3% dos brasileiros são contra qualquer alteração no Código Penal para tirar o aborto da lista dos crimes previstos no país. No Congresso, o conservadorismo do eleitor faz eco: das 22 proposições ativas sobre o tema que tramitam na Câmara, 12 tornam mais rígidas as regras vigentes, enquanto nove ampliam as possibilidades de abortamento legal. Uma pode ser considerada neutra, porque prevê a convocação de um plebiscito para que a população decida.
Segundo Maria de Campos Souza, a coordenadora do Comitê Estadual em Defesa da Vida, a entidade pretende ir a Brasília com 10 ônibus. Para ela, o assunto é muito grave e as autoridades não podem ficar inertes e deixar que o aborto seja legalizado no país.
Para Lacordaire Abrahão Faiad, representante da Federal Espírita do Estado de Mato Grosso, o aborto é a sociedade agindo contra a própria sociedade.”A família é a base de tudo, por isso mesmo o aborto sendo legal não é uma atitude de amor, é um crime. A mudança surge com a conscientização de toda a sociedade”, destacou.
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