Eleitores não confiam nos partidos, diz pesquisa
Enquanto o rótulo da corrupção paira com maior peso sobre a imagem dos partidos perante o eleitor cuiabano, outras propriedades nada positivas também despontam na amostragem. Entre os eleitores ouvidos, 11,9% declaram que a primeira coisa que vem à mente quando escuta a expressão ‘partido político’ é imediata aversão.
No contraponto, apenas 4,9% imputam às agremiações a esperança de melhorias na vida da sociedade. Enquanto isso, outros 7,5% dos eleitores associam a instituição do partido político a mentiras.
O rol de reações adversas aos partidos também inclui a revolta, descrita por 5,5%, ao passo que 2,9% dos entrevistados encaram as legendas sob a pecha da bagunça e desorganização. A suposta falta de compromisso também é atribuída por 2,1% dos eleitores.
No grupo de conceitos “neutros”, os eleitores ouvidos em Cuiabá consideram que a palavra partido é associada imediatamente a cargos políticos, item citado por 3,9% dos entrevistados, e representação política, mencionada por 2,3% dos pesquisados. Outras avaliações foram consideradas por 17,2% do eleitorado, enquanto 11,7% dos eleitores abordados não responderam ao questionamento.
O baixo conceito subjetivo apregoado aos partidos se reflete no quesito objetivo, envolvendo a pontuação, numa escala de zero a 10. Para 20% dos entrevistados, as legendas de uma maneira geral merecem a nota zero. A nota cinco é despendida por 23,9% dos eleitores ouvidos na pesquisa da KGM. Em contrastes com os percentuais citados, apenas 0,5% do eleitorado cuiabano avalia as siglas com a nota 10.
Curiosamente, apesar da reprovação declarada por grande parte do eleitorado, o partido político ainda exerce forte influência sobre o voto. Para 42,1% dos entrevistados, a legenda é muito importante na hora de decidir o candidato oficial nas urnas. Parcela de 39,2% dos entrevistados julga a sigla pouco importante no momento da escolha e outros 16,4% dos eleitores afirmam não ter qualquer influência.
De acordo com os dados da pesquisa, as propostas do candidato constituem o fator imperativo no momento de escolher o aspirante ao Poder, item citado por 58,7% dos eleitores entrevistados, o que evidencia a impacto do programa de ‘promessas’ no cômputo final de votos. Na seqüência, a figura do próprio candidato é encarada como o motivo principal no processo de decisão do representante por 26,7% dos pesquisados.
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