STF pode confirmar punição a infiéis
O Supremo voltou do recesso na semana passada e pode votar a qualquer momento os pedidos de liminar dos mandados de segurança. O mérito da questão, porém, será analisado depois, pelo plenário. A demora gerou inquietação e irritação nos partidos - até mesmo porque envolve uma polêmica que o próprio Congresso não conseguiu encerrar, pelo entrave na discussão da reforma política.
O senador Sérgio Guerra (PE), que comanda articulações para 2008 no PSDB, diz que a questão da troca de partido deve ser "consertada o quanto antes". "A Justiça avançou mais do que o Congresso", afirma. Ele ataca o governo Lula e diz que a política de "boa vontade" da oposição com o governo não deu certo. "A sociedade está exigindo rigidez, firmeza".
O PR, um dos partidos que mais engordou, não quis comentar o assunto, por se tratar de matéria apreciada no STF. O comando do PMDB também não respondeu aos telefonemas do Grupo Estado. Na sexta-feira, porém, o presidente do partido, deputado Michel Temer (SP), viajou para Mato Grosso do Sul em busca de novos deputados e participou da cerimônia de filiação de Geraldo Resende, que era presidente estadual do PPS.
A saída de Resende - que pretende disputar a prefeitura de Dourados - tirou do sério o presidente do PPS, Roberto Freire. "É uma afronta total, um desrespeito total", disse. Ele já pediu ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT), a devolução da vaga. Em seguida, vai recorrer ao Supremo. "Ele foi eleito claramente na oposição. O que fez é um escárnio".
Enquanto perdura o impasse, ninguém fala às claras sobre candidaturas. Freire admite, porém, que a resolução afetou as negociações.
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