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Politica Brasil
Segunda - 06 de Agosto de 2007 às 09:26
Por: Marcos Lemos/Téo Meneses

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Nesta semana, amanhã, recomeça o calvário de Luiz Antônio Pagot que tenta desde março deste ano ver seu nome aprovado pela Comissão de Infra-estrutura do Senado e pelo próprio Poder como indicado para a direção-geral do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transporte (DNIT), indicado que foi pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Só que ao mesmo tempo em que tenta ver seu nome aprovado, Pagot encontra a feroz resistência do PSDB que já conseguiu postergar a votação do relatório do senador Jaime Campos (DEM), pelos menos três vezes.

O PSDB vai fazer de tudo para que a indicação não seja aprovada, por entender pesarem contra Pagot sérias denuncias, sendo a principal delas o fato dele ter acumulado a secretaria parlamentar do senador Jonas Pinheiro em seu primeiro mandato entre 1995/2002 além de responder pela superintendência do Grupo Hermasa, de propriedade do governador Blairo Maggi. A lei impede que um empresário ocupe uma função pública estando a frente de negócios privados que supostamente poderiam ser beneficiados pelo Poder Público.

Para evitar a aprovação do nome de Pagot, o PSDB estuda a possibilidade de denunciar no Conselho de Ética dois dos três senadores de Mato Grosso, Jonas Pinheiro por ter contratado e atestado o serviço de um secretário-parlamentar que estava no Amazonas, que nem seu Estado político é, e Jaime Campos, que em seu relatório omitiu o fato de Pagot ter sido funcionário do Senado, ter recebido mais de R$ 450 mil em salário e não ter trabalhado.

Jaime Campos é o relator da mensagem de Lula e considerou Pagot, seu primeiro suplente, apto à função de diretor-geral do DNIT, um órgão cobiçado por causa do alto valor do seu orçamento e de sua estratégica atuação no sistema de transportes rodoviário do Brasil.

Os interesses, além de políticos, seriam também financeiros, já que o Departamento de Infra-estrutura possui um orçamento anual de cerca de R$ 12 bilhões, quase o dobro da receita do Estado. Pagot é o único nome sugerido pelo PR para o Dnit, que tocará grande parte das obras do PAC. O partido comanda o Ministério dos Transportes, por meio de Alfredo Nascimento. Republicanos acreditam que uma boa gestão de Pagot poderia pavimentar sua candidatura ao governo do Estado em 2010, além de privilegiar Mato Grosso com recursos.





Fonte: Gazeta Digital

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