Maggi exonera auditor-geral do Estado Sírio Pinheiro
Indicado pelo DEM, Pinheiro compunha o staff governamental desde o primeiro mandato de Maggi. A exoneração, segundo fontes palacianas, foi motivada por questões de "ordem ética".
Segundo as mesmas fontes, Pinheiro foi "apenas cedido" pela Rede Cemat para "servir" o governo estadual e ainda mantinha vínculos financeiros com a companhia, que recentemente foi contemplada com uma anistia e remissão de uma dívida de R$ 260 milhões, conforme veiculado por exclusividade pelo Olhar Direto.
A multa foi aplicada por fiscais de tributos estaduais. A remissão foi aprovada pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) que entendeu como irregular o aproveitamento dos créditos do ICMS decorrentes de óleo diesel para geração de energia elétrica.
Como o problema veio à tona, Pinheiro teria revelado que ainda mantém vínculos com a Cemat.
Por telefone, o governador Blairo Maggi confirmou ao Olhar que "encaminhou, no começo da noite de hoje, o ato de exoneração para a Secretaria de Administração (SAD), através da Secretaria Adjunta da Casa Civil".
"Não tinha condição de aceitar essa situação até porque teremos problemas políticos", justificou Maggi, ressaltando que Pinheiro cumpriu com lealdade sua função. "Gosto muito dele (Sírio), mas não poderíamos mantê-lo no governo. O que está errado não pode permanecer errado", pondera. Maggi disse que, por enquanto não tem o nome do substituto de Sírio Pinheiro.
As mesmas fontes informaram, contudo, que o governo e o ex-auditor terão sérios problemas jurídicos por causa do acúmulo de cargo no serviço público e no setor privado, que é vedado, na maioria dos casos, pela legislação. Pinheiro poderá inclusive ser denunciado e processado pelo Ministério Público Estadual.
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