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Quinta - 02 de Agosto de 2007 às 11:28

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Alberto Dualib, 87, pediu afastamento do cargo de presidente do Corinthians. O dirigente e seu vice Nesi Curi, 82, assinaram termo na tarde de ontem em que se retiram do clube por 60 dias.

Dualib e Curi entregaram cartas com o pedido de afastamento ao presidente do Cori (Conselho de Orientação), Antonio Roque Citadini, e ao presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Senger.

Alegaram que o processo na Justiça Federal, em que são acusados de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, e a reprovação das contas de 2006 do clube os motivaram a deixar seus cargos para poderem montar suas defesas.

Com o afastamento da dupla, o clube será assumido, a partir da próxima segunda-feira, pelo vice Clodomil Antonio Orsi, 71.

Ficou decidido também que a comissão de conselheiros que já analisa a parceria com a MSI também fica encarregada de estudar se houve má gestão dos dois dirigentes no clube.

A estratégia de Dualib visa esvaziar a reunião do Conselho Deliberativo da próxima terça, marcada justamente para votar o afastamento do presidente e de Curi, o que daria início a um processo que poderia resultar em impeachment e até na expulsão dos dois do clube.

"A meu ver fica comprometida a realização da reunião de terça", disse o oposicionista Rubens Approbato Machado.

A opinião de Approbato, no entanto, não é consenso entre a oposição corintiana.

Os grupos Renovação e Transparência, encabeçado por Andres Sanches, e Ação Corinthiana, dos ex-vices Edgard Soares, Osmar Stábile e Flávio Adauto, são contra o cancelamento da reunião do conselho. Defendem que o afastamento de Dualib e Curi deve ser referendado pelo órgão para que o processo de impeachment contra Dualib seja iniciado.

A decisão de aceitar que o processo de defesa e análise da administração Dualib seja feito por uma "comissão de notáveis" também gera discórdia.

"Não vai ter nem comissão nem notáveis. Isso tornaria o clube ainda mais inadministrável", declarou Mário Gobbi, também do grupo de Sanches. "Falar em comissão é um golpe porque isso não está previsto no estatuto nem em qualquer lei. Falar nisso agora é oportunismo puro", completou ele.

Sanches, que despontava como principal liderança de oposição e nome forte numa eleição à presidência, não foi convidado para participar da reunião de ontem, apesar de ter a seu lado um grande número de conselheiros corintianos.

O racha entre oposicionistas não é novo, apesar de agora estar agravado. Após a reunião do último dia 24, quando o clube decidiu pelo fim da parceria com a MSI e pelo início do afastamento de Dualib, conselheiros contrários à atual gestão já discordavam como a saída do presidente deveria ser conduzida. A Lei Pelé, o Código Civil e o estatuto do clube compunham a "salada" de alternativas.





Fonte: Folha Online

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