Maggi assegura permanência de Juarez na vice-liderança do governo na AL
O anúncio de Maggi também expõe a fragilidade no movimento do PMDB rumo à oposição ao governo estadual. A ameaça foi decretada esta semana por Bezerra e delineia as prévias pela disputa eleitoral no próximo ano. Hoje, oficialmente, o partido se mantém sob o rótulo de independente perante os desígnios do Executivo.
Alheio a qualquer animosidade entre líderes peemedebistas e governo, Juarez Costa não esconde sua posição de “escudeiro fiel” de Blairo Maggi na condução dos trabalhos na Assembléia. Embora tenha evitado nas últimas semanas comentários sobre o panorama partidário e o quadro sucessório em Sinop, o parlamentar assegura que continuará sob a chancela governista.
“Sou governista por opção, porque considero o governo de Blairo Maggi bom”, atesta. O peemedebista pontua que não manteve conversas com Carlos Bezerra sobre o ensaio do partido rumo à oposição. Ao contrário, Juarez se reuniu na terça-feira com o governador, o que esboça a proximidade com o chefe de Estado. Segundo Maggi, embora as eleições em Sinop não tenham sido discutidas, a permanência na vice-liderança teria sido sentenciada na conversa.
A manutenção do posto de Juarez Costa no topo da base de sustentação ainda reforça o racha no PMDB quando o assunto se trata da posição perante o Executivo. A bancada da legenda na Assembléia é segregada entre membros ‘anti’ e ‘pró-Maggi’. Enquanto Costa e Adalto de Freitas, o Daltinho, endossam o coro governista, os deputados Zé Carlos do Pátio e Walter Rabello sustentam o título de opositores.
A “proclamação de independência” da base foi decretada oficialmente pela direção estadual do partido em maio, selada em reunião com o governador. Na mesma oportunidade, a Executiva da legenda cobrou a Juarez Costa a entrega da cadeira de vice-líder. Embora líderes tenham negado tal motivo, a saída da base de apoio incondicional se deu, teoricamente, ante a indefinição do governo estadual quanto ao espaço reservado à sigla no staff.
Ironia – O governador aproveitou a repercussão sobre a permanência de Juarez Costas na vice-liderança da base de sustentação na AL para usar da ironia. Questionado sobre qual nome assumiria a cadeira caso Juarez realmente optasse pelo afastamento, Maggi usou do riso para expressar a forte influência sobre o Legislativo.
“Tem mais 21 lá”, declarou, demonstrando que a tarefa em escolher o substituto seria fácil ante o vasto leque de aliados no Parlamento.
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