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Politica Brasil
Quinta - 02 de Agosto de 2007 às 05:32
Por: Ana Paula Bortoloni

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O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) vai encaminhar essa semana um requerimento à Câmara de Vereadores de Cuiabá questionando a auditoria que foi realizada na Casa. O movimento quer uma cópia do relatório que foi encaminhado ontem ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), além de detalhes sobre a forma de contrato da empresa AP Auditores e Consultores, que prestou o serviço ao Legislativo por seis meses.

Hoje pela manhã, a Câmara promoveu uma sessão solene para apresentar o balanço das ações realizadas no primeiro semestre, assim como adiantar as próximas para o período seguinte. No entanto, o presidente da Mesa Diretora, vereador Lutero Ponce, do PP (foto), não passou à imprensa nenhum dado concreto do balanço nem disponibilizou cópias do relatório da auditoria. Apenas um vídeo de 25 minutos que mostrava superficialmente as ações foi exibido na sessão aos convidados.

“A partir do dia 15 de agosto essas informações vão estar no site da Câmara. Isso atende a um mecanismo de transparência dessa Casa, cumprindo um compromisso de campanha”, limitou-se.

“Como é que o presidente diz que tem uma gestão de transparência e encaminha uma auditoria lacrada para o TCE sem nem divulgar o conteúdo tanto para a imprensa quanto para os próprios vereadores?”, disse um dos membros do movimento.

O contrato da empresa que realizou a auditoria custou à Câmara aproximadamente R$ 70 mil para prestação de serviços por seis meses. Hoje, o presidente anunciou que pretende prorrogar o contrato. “Além da auditoria, a empresa também prestou uma consultoria para a Mesa Diretora, para evitar possíveis irregularidades. Em todas as gestões existem irregularidades, o que compete ao Tribunal de Contas julgar é se elas são sanáveis ou não”, afirmou.

A Câmara de Cuiabá já foi alvo de inúmeras denúncias de irregularidades, existência de notas frias e desvio de dinheiro público, sendo que os fatos ganharam mais repercussão na legislatura (2005/2006), quando a presidente era a vereadora Chica Nunes (PSDB), atual deputada estadual, e o atual presidente ocupava a primeira-secretaria. “As irregularidades na Câmara já vão completar maioridade. Pelo menos assim, deve ter idade suficiente para ser processada”, continuou o integrante do MCCE.

Segundo a assessoria de imprensa do TCE, a auditoria deve ser anexada ao processo que é analisado pelo conselheiro Júlio Campos, por ser referente à gestão de 2006. Entretanto, a assessoria destacou que o Tribunal já “fez o seu trabalho e que provavelmente os dados da auditoria não contenham nada de novo do que já foi levantado pelos técnicos do TCE”. A previsão é que as contas da Câmara de 2006 sejam julgadas até o final do segundo semestre.

DAS - Na sessão desta quarta-feira, o presidente Lutero anunciou a realização de um concurso público até o primeiro semestre do ano que vem, o que, segundo ele, vai "enxugar" o quadro de profissionais contratados e aumentar o número de efetivos. No total, a Câmara possui 78 funcionários concursados e 383 contratados por indicação política. Segundo a previsão de Lutero, deve ocorrer uma redução de apenas 50 cargos contratados.





Fonte: Olhar Direto

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