Dólar fecha a R$ 1,892, com avanço de 0,47%; BC age para puxar cotação
O Banco Central comprou moeda à taxa de corte de R$ 1,8894 e logrou puxar a cotação da moeda americana, em meio às turbulências do setor imobiliário americano, que preocupam dez entre dez investidores.
A taxa de risco-país, medida pelo índice Embi+ (JP Morgan), cedeu 2,3% e marcou 207 pontos no final da tarde desta quarta-feira.
Para analistas do mercado cambial, os problemas com as hipotecas de maior risco nos EUA podem aumentar a aversão ao risco por grandes fundos de investimentos. Esses fundos, à semelhança do Bears Sterns, tinham aplicações em companhias que trabalhavam com os chamados créditos "subprime" (de segunda linha) e que já admitiram problemas de caixa para saldar seus compromissos financeiros.
Entre outras notícias, a balança comercial brasileira acumula nos sete primeiros meses do ano um saldo positivo de US$ 23,985 bilhões, um valor 4,8% menor que o registrado no mesmo período do ano passado (US$ 25,192 bilhões), segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério do Desenvolvimento.
Para o Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), o resultado da balança aponta para um quadro inédito neste ano: pela primeira vez desde 2000, o superávit comercial será inferior ao desempenho registrado no ano anterior.
"As evidências até agora disponíveis para o comércio exterior brasileiro sugerem que esse declínio do superávit ainda deixará o país em uma situação confortável em termos da balança comercial", ressalta a equipe de análise econômica do instituto.
O saldo do chamado câmbio contratado, que indica a entrada e saída de moeda estrangeira no país, ficou em US$ 11,588 bilhões em julho. No acumulado do ano, o fluxo cambial está positivo em US$ 63,215 bilhões, superando o total de intervenções feitas durante todo o ano passado (US$ 34,336 bilhões).
Juros futuros
O mercado futuro de juros teve um repique e encerrou o dia com acréscimos nas projeções. O contrato para janeiro de 2008 apontou juro de 11,09%, contra 11,08% ontem. No contrato de janeiro de 2009 a taxa projetada subiu de 10,93% para 11,03%. E no contrato de janeiro de 2010 a taxa negociada avançou de 11,03% para 11,17%.
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