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Politica Brasil
Quarta - 01 de Agosto de 2007 às 04:35
Por: Rosa Costa

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Alvo de dois pedidos de cassação do mandato, o suplente Gim Argello (PTB-DF) começa hoje (01) a exercer o mandato de senador tendo de se defender de uma série de denúncias. A mais recente delas é a que o liga ao mesmo esquema de desvio de recursos do Banco Regional de Brasília (BRB) que obrigou o titular da vaga, o ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz, a renunciar para não ser cassado.

Desbaratada pela Polícia Civil do Distrito Federal na Operação Aquarela, o esquema consistia no saque ilegal de verbas públicas por organizações não-governamentais (ONGs) e instituições ligadas ao governo.

O nome e a participação de Argello e Roriz no esquema constaria de gravações telefônicas autorizadas judicialmente. Parte delas foram encaminhadas ao corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), pelo juiz da primeira Vara Criminal de Brasília, Roberval Belinati, encarregado do inquérito. Argello disse ao Estado que não vai preparar uma estratégia de defesa "porque quem não deve não teme". "Eu sou inocente, não devo nada", alegou.

O senador está na mira do Ministério Público desde 1999, quando teria começado, com a ajuda de servidores do governo e donos de postos de gasolina, um esquema para aprovar o uso de área públicas de Brasília pela iniciativa privada. "Não tenho nenhum processo, não fui condenado em absolutamente nada".

"Essas acusações me acompanham desde 2002, só que eu nunca fui julgado nem na primeira instância", acrescenta. Roriz, Argello e o dono da Gol, Nenê Constantino, figuraram em um negócio atípico, que rendeu a outro aliado do grupo, o ex-deputado Wigberto Tartuce, um lucro de R$ 21,9 milhões.

Trata-se da venda de um terreno pertencente a fundos de pensão do governo do Distrito Federal. O terreno foi vendido em maio deste ano, por R$ 37,1 milhões a uma incorporadora de Brasília.





Fonte: Brasília/AE

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