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Politica Brasil
Sábado - 28 de Julho de 2007 às 13:16
Por: Thaís Raeli

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Líderes do PMDB não chegam a um consenso dos rumos do partido em Mato Grosso. O presidente da legenda, deputado federal Carlos Bezerra, reafirmou ontem que a sigla se mantém independente do governo estadual, de forma que o deputado Juarez Costa não é mais o vice-líder do Executivo na Assembléia Legislativa. Por outro lado, vice-governador do Estado, Silval Barbosa, desconhece essa decisão de Juarez e prefere seguir ao lado governador Blairo Maggi (PR), sem nenhum indício de ruptura com o chefe do Executivo.

De acordo com Silval, por enquanto, a divisão entre os parlamentares do PMDB vai continuar como está, uns contra e outros a favor de Blairo Maggi. A dissonância endossou a falta de diálogo entre os correligionários. A postura independente é mantida pelos deputados Walter Rabello e José Carlos do Pátio. Enquanto isso, apesar da confirmação do presidente do partido, Juarez Costa não sinalizou deixar o posto na Casa. Já o deputado Adalto de Freitas (PMDB), o Daltinho, líder da bancada, tem acompanhado o governo nas votações.

“O partido continua com a postura de independência em relação ao Executivo. Juarez Costa não é mais vice-líder do governo, ele está cuidando da construção do partido”, afirmou Bezerra. O deputado explicou que isso se deve a construção de candidaturas para as eleições municipais de 2008 e por isso – naturalmente - a posição de Costa não é mais compor a ala governista no Legislativo.

Apesar da certeza do presidente do PMDB, o vice-governador se opôs à afirmação e explicou: “Ser ou não vice-líder do governo na Casa de Leis não é uma decisão do partido, foi um convite pessoal a Juarez Costa. Estou trabalhando com o governo, vou continuar ajudando, para isso que fui eleito. Participo efetivamente de todas as decisões e estou no lucro do governo”.

O mal-estar do PMDB e o governador chegaram ao ápice quando o chefe do Executivo estadual disse que não havia espaço para a legenda na administração. As críticas começaram a entoar quando Maggi, por iniciativa própria, por três vezes acenou com a possibilidade de o vice-governador assumir a Casa Civil, Educação e Infra-estrutura. “O PMDB não se interessa em participar do governo, só quer ver resultados”, afirmou o presidente.

Carlos Bezerra lembrou que partiu de Maggi o convite para conversar sobre a forma de participação do partido e depois de oferecer os cargos no primeiro escalão e o mesmo voltou atrás na decisão. Membros do PMDB sustentam que o gestor teria ferido a imagem do partido e ainda do vice-governador, Silval Barbosa. As críticas mais severas partiram do deputado José Carlos do Pátio, que é candidato do PMDB em Rondonópolis. O parlamentar é o principal adversário do atual prefeito, Adilton Sachetti (PR), que é o candidato natural à reeleição nas próximas eleições com apoio de Maggi. Essa também seria uma das principais motivações para se estabelecer oposição aos republicanos.





Fonte: Diário de Cuiabá

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