Pagot tira sono de Sérgio; revide atinge governo
Assim, Pagot se transforma no segundo fantasma para Sérgio. O primeiro foi o empresário Jorge Pires de Miranda, em 2004. À época, Sérgio saiu do PMN e se filiou ao PFL (hoje DEM) para ser o candidato do partido à sucessão na Capital. Pires, que tinha as mesmas pretensões, barrou o deputado. Ambos divergências internas, Sérgio pulou para o PPS, pelo qual disputou e não passou do primeiro turno. Agora, enfrenta embate com Pagot, mesmo que este assegure que sua prioridade é ocupar a direção-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes. E se o nome de Pagot for vetado na sabatina do Senado prevista para a próxima semana?
Sérgio já insinua abertamente que tem respaldo de outras legendas partidárias, que não o PR de Maggi e de Pagot. Seu desespero para ser candidato de novo é tanto que pode voltar para os braços do DEM. No jogo da sucessão municipal, o afoito candidato de 2004 deu lugar ao esperto presidente da Assembléia Legislativa que, com a sua tesoura presidencialista, pode retalhar ou picotar onde mais dói no PR: o governo do Estado.
Numa Assembléia essencialmente presidencialista, quem tem o poder de veto é o presidente. Quando ele não quer, as coisas não andam. Não adianta ter boa vontade. Dessa forma, conforme Sérgio virar a tesoura pode encurtar ainda mais a carreira política de Blairo Maggi e do seu grupo da turma da botina, que já sofre com a língua afiada do governador por este ter dito que não tem pretensões de disputar as eleições de 2010.
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