Wall St desaba por crédito e setor imobiliário

As bolsas de valores dos Estados Unidos despencaram nesta quinta-feira, com o Dow Jones perdendo mais de 300 pontos, em meio a sinais de maior fraqueza do mercado imobiliário e de piora das condições de financiamento de acordos corporativos.

O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, caiu 2,26 por cento, para 13.473 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq recuou 1,84 por cento, para 2.599 pontos. O índice Standard & Poor''s 500 teve desvalorização de 2,33 por cento, para 1.482 pontos.

O S&P perdeu cerca de 300 bilhões de dólares em valor de mercado na pior sessão desde a forte queda de 27 de fevereiro deste ano. Mesmo com o tombo, os índices S&P e Dow Jones ainda estão a cerca de 5 por cento dos recordes de alta.

Uma queda no lucro trimestral da Exxon Mobil ajudou a eliminar mais de 16 bilhões de dólarem em valor de mercado da maior companhia de capital aberto do mundo.

A dose diária de más notícias sobre o mercado imobiliário veio nesta quinta-feira das duas maiores construtoras residenciais, D.R. Horton e Beazer Homes, que divulgaram prejuízo no trimestre.

As ações do setor financeiro desabaram com a evidência crescente de que os problemas no setor de crédito imobiliário de alto risco estão se espalhando, tornando mais difíceis as aquisições corporativas que ajudaram a sustentar o mercado.

"Foi o crédito fácil que ajudou a alimentar os preços das ações", disse Peter Boockvar, estrategista de ações da Miller & Tabak, em Nova York. A piora das condições de crédito significa "menos liquidez para os grupos de private equity, para a recompra de ações, expansão de negócios, gastos dos consumidores e crescimento global".

O volume esteve bem acima da média na Bolsa de Valores de Nova York, e a proporção de ações em queda ante os papéis em alta era de cerca de 10 para 1. No final da manhã, a bolsa impôs limites de baixa para as negociações.