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Meio Ambiente
Segunda - 23 de Julho de 2007 às 17:11

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Uma nova massa de ar polar se estendia, nesta segunda-feira, a todo o território argentino onde deve permanecer até quinta-feira, voltando a colocar novamente à prova a frágil situação energética do país, em meio ao aumento da demanda provocado pelas baixas temperaturas.

"A massa de ar polar está cobrindo a região da Patagônia e central do país, e avança para o norte, causando uma forte queda na temperatura", informou o Serviço Meteorológico Nacional (SMN).

Esta massa de frio polar é a quarta que atinge o país desde maio, com temperaturas que não se registravam há 36 anos.

Desde maio, o frio já causou 61 mortes em todo o país.

Segundo a organização não-governamental (ONG) Rede Solidária, cerca de 20.000 pessoas dormem nas ruas em várias cidades argentinas.

Os habitantes de Buenos Aires e de sua periferia irão ter nesta segunda-feira um dia bastante frio, com temperatura mínima de 1 grau Celsius, relembrando a histórica nevasca que atingiu a capital argentina há 89 anos.

Teme-se que esta nova onda de frio agrave a frágil situação energética, que obrigou o governo a aplicar restrições na provisão de gás e eletricidade a cerca de 4.700 indústrias, para evitar cortes no abastecimento às residências - medida considerada bastante impopular num ano eleitoral.

O governo aumentou nos últimos meses a importação de energia da Bolívia, Brasil e Paraguai, e restringiu os envios de gás ao Chile, que vinham diminuindo desde o aumento da demanda interna da Argentina.

O frio afetou também os habituais destinos turísticos que costumam receber mais turistas devido ao início das férias de inverno.

Em Bariloche (1.700 quilômetros ao sul de Buenos Aires), que é o principal centro de esqui, as temperaturas variaram de 5 graus negativos a cinco graus positivos, enquanto que na costa atlântica de Buenos Aires as temperaturas variaram de zero a 10 graus Celsius.

A zona da Cordilheira dos Andes sofreu com nevadas intensas e fortes ventos.

Cerca de 3.000 caminhões permaneciam parados nesta segunda-feira em Mendoza (oeste), esperando a reabertura do túnel internacional Cristo Redentor, que leva ao Chile, que teve interrompida a passagem de automóveis devido às intensas nevascas.




Fonte: AFP

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