Atrasos atingem quase metade dos vôos; Congonhas tem 18 cancelamentos

Dos 677 vôos programados para pousar ou decolar entre a meia-noite e as 12h deste domingo, 281 (44,7%) sofreram atrasos de mais de uma hora, de acordo com a Infraero (estatal que administra os aeroportos do país). No período foram cancelados 60 vôos (8,8% do total), sendo 18 delas apenas em Congonhas (zona sul de São Paulo).

A situação é mais complicada no aeroporto de Cumbica (Guarulhos). Das 132 operações previstas da 0h às 12h, 57 (43,1%) sofreram atrasos e outras três foram canceladas. Em Congonhas, foram 13 atrasos (22% de 59 previstos) e 18 cancelamentos (30% do total).

De acordo com a Infraero (estatal que administra os aeroportos no país), os cancelamentos em Congonhas ocorrem devido à reprogramação, por parte das companhias aéreas, dos vôos. A readequação foi necessária devido ao fechamento da pista principal do aeroporto na terça-feira (17), após a queda de um Airbus-A320 da TAM que fazia o vôo 3054 e provocou a morte de cerca de 200 pessoas.

Os atrasos são creditados ao efeito cascata provocado em todo país após uma pane no sistema de comunicação do Cindacta-4 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), de Manaus, no sábado (21), que provocou atrasos e cancelamentos de entradas e saídas de vôos internacionais do país que tinham de passar pela região Norte. A pane foi provocada por um curto-circuito nos geradores de energia do Cindacta-4.

O mau tempo provocou atrasos e cancelamentos nos aeroportos do Rio, Rio Grande do Sul e Paraná. No Tom Jobim (Rio), 32,8% dos 70 vôos (23) sofreram atrasos e outros 11 (15,7%) foram cancelados. No aeroporto internacional Salgado Filho (Porto Alegre), nove vôos (40,9%) de um total de 22 programados também registraram atrasos.

No aeroporto Afonso Pena (região metropolitana de Curitiba-PR), os atrasos atingiram 34,7% dos vôos (oito, de 23) e outros quatro (17,3%) foram cancelados.