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Politica Brasil
Sexta - 20 de Julho de 2007 às 15:23

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O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse hoje que modificar o comando aéreo nacional custaria cerca de R$ 8 bilhões, conforme estimativa que recebeu, para criar dois sistemas: um civil, que cuidaria do tráfego aéreo, e outro para uma função de defesa do espaço nacional. Além disso, qualquer mudança demandaria um tempo de adaptação, ponderou o deputado, ao ser indagado sobre se seria favorável ao controle militar do tráfego aéreo. "Não tenho acúmulo suficiente para ter uma posição definitiva", respondeu.

Chinaglia defendeu que seja feito um diagnóstico sobre se há riscos na aviação e quais seriam eles. O deputado considerou que a investigação do acidente com o vôo 3054 da TAM, na terça-feira, é prioritária. Ao ser questionado sobre o desempenho da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Chinaglia disse que não tem elementos suficientes para avaliar. Ele reconheceu que há aumento do estresse dos passageiros após o acidente com o avião da Gol, no ano passado, que aparentemente não tem relação com o desastre no vôo da TAM esta semana, conforme avaliação do deputado.

O deputado observou que a imprensa fala sobre uma possível pressão das companhias aéreas sobre a Anac contra o reordenamento do tráfego aéreo. "Acho que a Anac, se transigiu, não poderia ter transigido", afirmou, defendendo que a agência faça o que é necessário para as "vidas humanas" e não para "atender interesse comercial".

Agências reguladoras

As empresas aéreas tentam fazer o mais adequado do ponto de vista de seu gerenciamento, disse Chinaglia, mas o direção do sistema aéreo tem que atender aos interesses da sociedade, defendeu ele. O deputado recordou que sua posição política e ideológica é de questionamento às agências reguladoras, pois seus dirigentes têm mandato definido, "o Congresso não controla, o presidente da República não controla e ninguém controla".

"Se há alguma falha de qualquer agência reguladora, e eu tenho muita cautela em atribuir falha à Anac, mas se há nós temos que fazer denúncia, pressão e, se tem mandato, temos que rever", analisou. O presidente da Câmara acompanhou hoje em Porto Alegre o velório do deputado Júlio Redecker (PSDB-RS), que morreu no acidente do vôo 3054 da TAM.





Fonte: AE

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