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Politica Brasil
Sexta - 20 de Julho de 2007 às 13:06

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Carlismo: corrente política dos seguidores de Antonio Carlos Magalhães. A definição do verbete não consta em nenhum dicionário oficial da Língua Portuguesa. Mas a expressão, de tão popular, transformou-se em sinônimo do poder do mais influente político baiano: ACM. (Veja fotos do senador ACM)

O predomínio local do carlismo teve sua ascensão em 1990, quando ACM foi eleito governador da Bahia pela terceira vez e passou a ditar as regras na política estadual. Quatro anos antes, o atual ministro Waldir Pires (Defesa) havia derrotado o jurista Josaphat Marinho, apoiado por ACM.

A partir de 1990, todos os candidatos que venceram eleições ao governo da Bahia tiveram apoio de ACM --Paulo Souto (1994 e 2002) e César Borges (1998), ambos do ex-PFL atual DEM. Além disso, o grupo carlista também monopoliza as três vagas da Bahia para o Senado desde 1994.

Em 2001, a força do carlismo se espalhou por toda a Bahia. Das 417 prefeituras do Estado, 395 apoiavam o então governador César Borges, afilhado de ACM.

O carlismo sofreu sua maior derrota em 2006, quando Paulo Souto perdeu o governo para Jaques Wagner (PT). Na ocasião, ACM chegou a criticar àqueles que decretavam o fim do carlismo. "Vocês verão o desastre que será o governo baiano e a volta triunfal do carlismo na Bahia. O carlismo é uma legenda que não se apaga, queiram ou não os cronistas políticos", disse ACM.

A influência do carlismo também rompeu as fronteiras da Bahia e chegou ao Palácio do Planalto. Depois assumir o Ministério das Comunicações no governo do presidente José Sarney (1985-1990), ACM manteve sua influência na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso (1994-2002).

Reportagem publicada na Folha em 2001 revelou que ACM tinha 29 afilhados políticos em postos importantes da máquina federal no governo FHC.

Apesar de ser tradicional adversário do PT, ACM manteve a influência do carlismo no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em maio de 2003, no início do primeiro mandato de Lula, ACM demonstrava seu prestígio ao indicar nomes para pelo menos 14 cargos relevantes em órgãos do governo federal.





Fonte: Folha Online

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