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Politica Brasil
Quarta - 18 de Julho de 2007 às 14:07
Por: Luis Fabio Marchioro

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A Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara de Vereadores de Nova Ubiratã ouviu o ex-prefeito do município, José Bauer. O depoimento do ex-gestor aconteceu na tarde de terça-feira, dia 17, onde respondeu aos questionamentos dos membros da CPI. Ele admitiu que houve o que classificou como erro, e que culminou nesta investigação, com uma simples troca de veiculo, não sendo, portanto, nenhuma vantagem econômica para quem quer que seja.

Mencionando várias vezes que estaria buscando sempre o melhor para os cidadãos do município, e por isso, estaria sendo acusado injustamente. O ex-prefeito disse também que os valores que estão sendo mencionados pela imprensa não dizem respeito á realidade, uma vez que o preço da ambulância adquirida pelo município, é de valor semelhante ao que foi licitado no início. "Os veículos estavam com o mesmo equipamento e não houve nenhum ônus para o município" - declarou Bauer.

Em alguns pontos foi contraditório, quando, por exemplo, disse que o veículo foi adquirido em 1.999 e mostrou um registro junto ao Detran, datado de 2002. Em várias vezes o depoente disse desconhecer fatos demonstrados pelos membros da comissão, como por exemplo, o acontecimento datado de 31 de dezembro de 2004, último dia da sua gestão, onde a ambulância, que até então era tida como Van Mercedes Benz Sprinter passou a não existir mais, e, na mesma oportunidade, o veículo tipo IVECO, adquirida, conforme o próprio depoente, em 1.999, passou a constar no patrimônio do município. “Eu não sei como isso aconteceu. Foi um erro grosseiro”, declarou Bauer, atribuindo essa atitude a alguém diferente dele, talvez um funcionário da época.

Após a oitiva do ex-prefeito, a CPI se reúne para avaliar todos os depoimentos e construir o relatório que deverá ser aprovado pelos três membros e posteriormente levado à plenário para a apreciação de toda a Câmara Municipal. O prazo limite para a finalização dos trabalhos se expira no final do mês de julho.

Durante o depoimento Bauer proferiu a seguinte frase: “Quem deve tem que ser preso na cadeia”, alegando que ele não tem o que temer.

Após a audiência, o ex-prefeito concedeu entrevista a imprensa, onde enalteceu o trabalho dos vereadores, dizendo que eles estão realizando o trabalho para que foram eleitos, porem disse que não deve e não teme nada, pois o que fez foi para o bem do município.

Com relação aos demais casos que estão sendo investigados pela Policia Federal, no escândalo nacional conhecido como Sanguessuga, Bauer informou que já foi interrogado e prestou as informações necessárias a PF e que não teria nada que constasse a desfavor de sua administração.

Indagado sobre sua afirmação de que recebeu um ônibus com gabinete odontológico na seqüência de ter recebido a van em questão com as mesmas características, o entrevistado disse que na época o Ministério da Saúde teria verbas para este tipo de aplicação e que Nova Ubiratã foi favorecido com essa situação.

O presidente da CPI, Ademir Paulo Maier, disse ter sido proveitosa a participação do ex-prefeito na comissão, apesar de ter afirmado várias vezes de que houve irregularidades, tentando justificá-las como se estivesse fazendo o bem para o município. “Eu não posso aceitar de que uma licitação oficial, conste a aquisição de um veiculo e depois apareça outro, de especificações diferentes. Ele mesmo (Bauer) disse que houve coisa errada, então quem somos nós para contestá-lo”, declarou Maier.

Segundo a CPI, a partir de então o ex-prefeito está sendo indiciado e terá prazo de cinco dias, a contar do dia 18 de julho, para apresentar defesa sobre a acusação de irregularidades apontadas durante sua gestão a frente da Prefeitura Municipal de Nova Ubiratã.





Fonte: de Nova Ubiratã

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