Senador Jonas avalia situação de Pagot
Para ser nomeado, além da argüição, o ex-secretário também terá de conseguir passar por votação em plenário com maioria simples – metade mais um dos votos.
“Se fosse hoje, o Pagot teria pelo menos 20 dos 23 votos da Comissão de Infra-estrutura”, garantiu Jonas. Pinheiro é considerado o padrinho político do governador Blairo Maggi (PR). É também um dos principais articuladores do apoio à indicação. No Congresso, a linha de frente em defesa da nomeação conta com os senadores Jayme Campos (DEM) e Serys Slhessarenko (PT). Campos é o relator do processo.
Apesar das projeções, nem sempre é possível contar com o prometido apoio. Jayme chegou a alertar o homem-forte do governo Blairo Maggi para possíveis “surpresas”. “Eu já disse para o Pagot quem bate na sua costa hoje pode te dar um empurrão amanhã”, comentou em entrevista anterior.
Durante a rotina diária pela busca de respaldo, o ex-secretário dizia contar com o apoio vindo do senador tucano Flexa Ribeiro (PSDB-PA). Ao participar em Cuiabá de solenidade póstuma em homenagem à morte do ex-governador Dante de Oliveira (PSDB), no dia 6 de julho, Flexa disparou: “o PSDB está fechado contra o Pagot”.
No retorno a Brasília, o senador teria novamente causado outra impressão. Desta vez, foi Jonas quem garantiu o aval vindo do representante tucano. “O Flexa Ribeiro vota nele (Pagot), ao contrário do que dizem”, avaliou.
Jonas, que foi questionado por emitir declaração que comprova o trabalho exercido por Pagot no Senado, tratou de responder: “a questão não é se tem dois empregos e sim se teria omitido a posição como dirigente da Hermasa. Mas foi legal. Atestei que ele foi eficiente nos trabalhos que prestou como assessor. Dei a declaração de que o Pagot cumpriu suas obrigações”, explicou.
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