Com 3 de Lulinha, seleção sub-17 'inaugura' Engenhão para Pan

Com seis jogadores dos grandes clubes da cidade em campo, o Engenhão despertou para o Pan. O estádio recebeu grande platéia neste domingo de 3 a 0 na vitória da seleção brasileira sub-17 em cima de Honduras, na rodada de abertura do futebol masculino.

O público não-oficial foi de 28 mil torcedores - a capacidade total é de 45 mil. Um número bem superior aos dos dois primeiros jogos das garotas da seleção - 4.500 no primeiro (quinta-feira) e 10.000 no segundo (sábado). O clima foi de festa para os garotos, distantes de qualquer ou cobrança ou até mesmo ranço que nomes mais estrelados podem ter.

Com o resultado, o Brasil, liderado pelo meia Lulinha, está na primeira colocação do grupo A. Mais cedo, no Miécimo da Silva, Costa Rica e Equador empataram em 1 a 1. A próxima partida dos garotos está marcada para quarta-feira, contra a Costa Rica, às 15h30, no mesmo estádio. Apenas o primeiro colocado da chave avança às semifinais para a disputa de medalhas.

Estavam em campo representantes de Botafogo (o meia Felipe e o atacante Júnior), Flamengo (o goleiro Marcelo e o lateral-direito reserva Michel), Fluminense (os gêmeos laterais Rafael e Fábio) e Vasco (o meia Alex).

Mas o destaque da equipe foi mesmo o meia Luinha, paulista de Mauá e já integrante do elenco profissional do Corinthians. O jogador marcou os três gols da equipe e desequilibrou com suas arrancadas, com a bola colada no pé, tanto pela direita como pela esquerda do campo.

No início do jogo, o atleta encontrou dificuldades para se infiltrar. Aos poucos, porém, encaixou seus dribles e começou a levantar a torcida. A jogada do primeiro gol saiu em combinação do meia com o lateral Rafael. Lulinha puxou pela direita, driblou e passou para o lateral, que foi derrubado na área. O corintiano bateu, aos 22min, o pênalti com calma, goleiro de um lado e bola do outro.

A seleção teve um primeiro tempo foi dominante. Com um meio-campo habilidoso, soube trocar passes para se livrar da retranca de Honduras, que se limitou a jogar em seu campo de defesa e só mostrou algum ímpeto ofensivo no contra-ataque.

O ritmo foi o mesmo na segunda etapa. O time brasileiro só sentiu falta de um jogador ao centro da área para concluir as oportunidades criadas pelas alas. E Lulinha, de tanto criar para ninguém, resolveu ele mesmo ir para o meio da área maçar o segundo na partida, aproveitando articulação do lateral Fábio pela esquerda, aos 20min. O terceiro gol saiu em novo pênalti, novamente com categoria, aos 43 min.

Quanto à festa na arquibancada, o grito "Mengo" foi o mais ouvido quando os torcedores decidiram revelar suas preferências. Que era prontamente vaiado em seqüência.