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Politica Brasil
Sábado - 14 de Julho de 2007 às 07:58
Por: Sonia Fiori

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O coordenador da bancada de Mato Grosso na Câmara Federal, deputado Carlos Abicalil (PT), atribuiu o adiamento para o mês de agosto da sabatina do ex-secretário de Estado Luiz Antônio Pagot (PR) à manobra articulada por partidos como o PSDB que fazem oposição ao governo federal.

Pagot foi indicado para o cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir o posto de diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit).

De acordo com Abicalil, outros fatores também teriam contribuído para emperrar mais uma vez a argüição. “Temos também os interesses das empreiteiras e as formas de esbarramento no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) no setor das rodovias”, avaliou.

O parlamentar ressaltou que a demora para a nomeação de Pagot afeta a sociedade de uma forma geral. Disse ainda que os fatores que se opõem a posse do economista são normais “numa sociedade de concorrência”. Contudo, lembrou que amargam as expectativas em torno do desenvolvimento de projetos para o país.

“Pode ser até uma questão política, mas o que não pode é barrar a legitimidade da defesa. Não estão dando as condições necessárias para responder a dúvidas”, observou. O parlamentar foi mais além. Disse que a oposição está deixando de agir para fazer “um inquérito via mídia”.

Na opinião do deputado, as ações oriundas principalmente do PSDB não teriam fundamento transparente, já que o partido tem demonstrado falta de interesse para participar da argüição – local adequado para questionamentos.

A principal arma do PSDB contra Pagot são os argumentos de que ele teria exercido ilegalmente cargo no Senado, no período de 1995 a 2002. Na época, também trabalhava na iniciativa privada, o que provocaria a tese de “duplicidade de cargos”. Contudo, o indicado contesta as alegações ao afirmar que prestava serviço de consultoria para o Senado, função que permite ser realizada fora do espaço físico do Congresso. O homem forte do governo Blairo Maggi afirma ainda que possui documentos que comprovam sua defesa.

Abicalil, que tem colaborado nas ações de apoio à nomeação de Pagot, acompanhou o governador Blairo Maggi (PR) na tarde de ontem em audiência no Ministério da Saúde. “Tivemos um bom resultado na reunião com representantes do Ministério da Saúde. Confirmamos um novo hospital Júlio Muller para Cuiabá”, contou. De acordo com o parlamentar, o projeto pré-elaborado prevê investimentos da ordem de R$ 84 milhões, numa parceria entre governos Estadual e Federal.





Fonte: Diário de Cuiabá

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