Jovem de 23 anos se apresentou à polícia nesta quarta-feira para dar sua versão sobre o acidente que amputou a perna da vítima
Polícia ouvirá testemunhas antes de indiciar motorista que matou carteiro

A Polícia Civil de São Paulo vai ouvir nesta semana as testemunhas do acidente ocorrido no último sábado que matou o carteiro Gedílson José da Silva, 40 anos. A moto que ele pilotava se envolveu em um acidente com um Palio Adventure e a vítima teve a perna amputada. Levado de helicóptero para o Hospital Municipal do M"Boi Mirim, Silva morreu na noite de domingo. A colisão ocorreu na avenida Deputado Cantidio Sampaio, zona norte de São Paulo, por volta das 7h30 da manhã.

 

 

O motorista do Palio se apresentou à polícia na manhã desta quarta-feira para dar a sua versão sobre o acidente. De acordo com o delegado Júlio César de Almeida Teixeira, titular do 72º Distrito Policial, ao ser interrogado, ele alegou que a moto estava na contramão quando ocorreu o acidente.



 

"Ele nos disse que a motocicleta, que estava em sentido contrário, invadiu a contramão e bateu em seu veículo. (Afirmou) que tentou sair do carro, mas a porta não abria. Como começou a juntar muitos motociclistas, ele ficou com medo de ser agredido e acabou deixando o local", disse.



De acordo com o delegado, o rapaz, de 23 anos - que não teve o nome revelado - foi para casa e contou aos pais o que havia acontecido. Com uma crise nervosa, foi medicado. "Ele nos apresentou o atestado do atendimento".

 

 

Testemunhas disserem no local do acidente que a perna da vítima ficado presa ao para-choque do carro . "À polícia, o condutor disse desconhecer o que aconteceu com o membro, que não foi localizado", disse o delegado. Silva foi enterrado na manhã de segunda-feira no cemitério Dom Bosco, em Perus.

 

 

O caso foi registrado na 72ª Delegacia de Polícia (Vila Penteado) como lesão corporal culposa na direção do veiculo e fuga do local do acidente. "Somente pela fuga do local o motorista será indiciado, mas precisamos ver o que realmente aconteceu para que possamos tomar qualquer outro tipo de medida", disse o delegado.

 

 

O advogado do motorista, André Takashi, afirmou que seu cliente vai contribuir com as investigações e que está à disposição para prestar as informações que forem necessárias.