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Campo Majoritário perde força dentro do PT
As divergências já são motivadas pelo processo de escolha da nova executiva petista e também por causa das eleições municipais de 2008. No encontro do último final de semana foram eleitos 13 delegados para o encontro estadual do PT, programado para o período de 30 de agosto a 1º de setembro, e também um para o congresso nacional, previsto para a primeira semana de setembro. O Campo Majoritário não conseguiu eleger a maioria dos delegados, uma prova do seu esvaziamento.
Os escândalos políticos tanto em nível nacional quanto regional são as principais razões para o processo fraticida pelo qual passa a corrente majoritária. Desse grupo fazem parte figuras como o ex-presidente do partido e ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e o ex-tesoureiro Delúbio Soares. Eles estão se rearticulando para retomarem o poder, com respaldo em Mato Grosso de Abicalil, Cesar e também do deputado licenciado Ságuas Moraes, atual secretário de Estado de Educação.
Hoje, o PT regional está sob a senadora Serys Marly, que se diz independente. Agrega a seu grupo a ex-deputada Vera Araújo, que agora virou blairista, inclusive no cargo de secretária-adjunta da pasta da Educação. Outros grupos também se mobilizam, como Utopia e Vida, liderado pelo ex-deputado Gilney Viana e a vereadora Enelinda Scala; O Trabalho, do cacerense Domingos Sávio; e a Articulação de Esquerda, capitaneado por Jairo Rocha, presidente do diretório de Cuiabá.
Confusão
O grupo de Abicalil e Alexandre Cesar chegou a discutir a idéia de ingressar com recurso para anular o encontro de Cuiabá do último final de semana. Ocorre que seriam necessários a presença mínima de 520 filiados até 17h daquele sábado para validar o congresso que, no domingo, elegeria os 13 delegados. Como alguns chegaram de última hora para as inscrições, as lideranças tiveram que fazer um acordo e prorrogar o início para às 17h30, possibilitando, dessa forma, atingir quórum. Mesmo assim, houve contestação. Alguns do Campo Majoritário, como Abicalil, Cesar, Paulo Xavier, o Paulão, e Silbene Santana, esvaziaram o encontro municipal.
As brigas internas sempre foram uma marca do PT. O problema é mergulham tanto nas discussões, nas conspirações e nas trocas de farpas e encontrma dificuldades de apresentar à sociedade boas alternativas para a disputa eleitoral. A carência de quadros é tanta, assim como se verifica nas outras legendas partidárias, que há convite para cooptar lideranças de fora do PT.
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