Senado ficaria desmoralizado, afirma Antero
"A situação dele (Pagot) não é boa e nunca foi. O nome dele pode até ser aprovado, mas aí o Senado ficaria desmoralizado", diz Paes de Barros. Segundo o líder tucano, Pagot prometeu que entregaria uma série de certidões no sentido de provar que não cometeu ilegalidade quanto à dupla função, de assessor parlamentar e, ao tempo, de diretor da Hermasa Navegação da Amazônia, entre 1995 e 2002. Esses documentos, destaca o ex-senador, não foram entregues pelo aliado do governador Blairo Maggi. Paes de Barros entende que, se Pagot apresentasse certidões atestando que a dupla função foi legal, jamais a sua indicação para o cargo seria questionada.
"O Senado é uma instituição que tem cultura. E o PSDB não faz igual o PT. Não cabe ao PSDB indicar nome para o governo Lula, mas poderia até aprová-lo. O problema é que, nesse caso, ele (Pagot) cometeu ilegalidade".
O presidente da legenda tucana garante que não está conspirando. "Sou direto nas minhas posições. O que tenho que falar, digo sem rodeio. Eu não acho tranquilo a situação dele (Pagot). Ainda que seja aprovado, não tem porque o PSDB sujar as mãos".
Diálogo
Antero de Barros assegura que, no diálogo que teve com a senadora Serys Marly, nesta quarta, não houve agressão verbal e muito menos revide, conforme divulgado aqui. Revela que, primeiro, solicitou o número do telefone celular para falar com uma das filhas da parlamentar, numa conversa que teve como testemunha Odinarte Borges, assessor de Serys.
Em seguida, o ex-senador disse para a petista que, como jornalista, gostaria de saber se ela iria votar a favor da indicação de Pagot para a direção-geral do Dnit. Em resposta, a senadora comentou: "Um beijo... não te vejo como jornalista". "Esse foi o teor da conversa. Eu não questionei nada sobre a biografia dela", destaca Antero.
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